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“Sempre procurei usar a educação como uma ferramenta de me sentir feliz"

Tutora da Unit EAD de Alagoinhas, Jadieli Sansão Elias, conta os desafios para conciliar a rotina de trabalho com a maternidade

às 21h21
Jadieli Sansão Elias e seu filho Thor
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Você já imaginou como é a vida de um malabarista? Já tentou jogar várias bolinhas no ar sem deixá-las cair no chão? Agora imagine que cada bolinha é uma responsabilidade onde você, sozinho, precisa dar conta. Parece difícil, não é? Esse é apenas um exemplo para dar dimensão da realidade de muitas mães solo, que precisam conciliar os cuidados e a atenção para os filhos com a trajetória profissional.

Para além da responsabilidade de ser mulher e uma excelente profissional, existe a responsabilidade de ser mãe. E ser mãe significa que você deve estar inteiramente disponível não só para a própria carreira, mas também para acompanhar e auxiliar em todas as tarefas relacionadas ao desenvolvimento dos filhos. É como se a mãe tivesse que provar duas vezes mais o seu valor. 

Esse sentimento a tutora da Universidade Tiradentes (Unit) do polo de Educação a Distância (EAD) de Alagoinhas (BA), Jadieli Sansão Elias, conhece bem. Mãe solo de Thor, 08 anos, a professora chegou na Unit em 2016 para contribuir com uma vocação que já era intrínseca: a de educadora. “Eu costumo dizer que você não é professor por acaso. A educação já era uma coisa que estava enraizada dentro das minhas atitudes, porque eu sempre fui muito maternal”, pontua.

A professora relembra que na época da escola costumava ajudar pessoas que possuíam dificuldades em disciplinas específicas. A esse tempo, a educação já havia escolhido Jadieli para uma das suas maiores missões. “Eu me sentia feliz, mesmo tendo passado, poder ajudar essas pessoas. Eu fui crescendo e minha mãe sempre dizia que eu tinha um tino para lecionar”, conta. 

Ao chegar na Unit, o sentimento de maternidade que Jadieli sempre carregou consigo desde a infância estava literalmente presente.  Surgiu essa oportunidade [na época] de participar da seleção para o Grupo Tiradentes aqui no polo, passei pelas etapas e estou aqui até hoje”, relembra. 

A realidade das mães solo

A professora faz parte de um número de mulheres que compartilham histórias semelhantes. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 57,3% de mães solo, que precisam se reinventar todos os dias para ser uma e valer por mil. O que tornou a maternidade um pouco mais fácil foi a rede de apoio que Jadieli encontrou em sua família, de quem recebeu todo amor, carinho, motivação e força para seguir nessa jornada dupla de mãe e profissional, algo que nem todas as mulheres conseguem ter quando engravidam, a rede de apoio.

“Eu consigo conciliar a maternidade com o meu trabalho. Não é fácil, não vou romantizar. Mas quando você faz com amor, quando você trabalha com amor e quando você já tem dentro de si esse sentimento de zelar e você migra com a responsabilidade do profissionalismo. Acho que no final acaba dando tudo certo”, infere Jadieli. 

Os desafios de ser mulher e mãe solo vão continuar existindo para Jadieli e para milhares de mulheres que diariamente encontram na educação e na maternidade pontos semelhantes em histórias de vidas diferentes. “Eu sempre procurei usar o instrumento da educação como uma ferramenta para me sentir feliz, assim como eu aprendo diariamente com a minha maternidade”, finaliza. 

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