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2023 pode ter safra recorde de grãos, diz IBGE

Estimativa aponta que o Brasil deve colher mais de 288 milhões de toneladas de grãos; lavouras de milho e soja no Centro-Sul devem puxar o aumento

às 11h30
O crescimento da colheita de grãos deve ser puxado pelas lavouras do centro-sul do país, que se recuperaram das perdas da estiagem do verão de 2022 (Wenderson Araujo/Trilux-CNA)
O crescimento da colheita de grãos deve ser puxado pelas lavouras do centro-sul do país, que se recuperaram das perdas da estiagem do verão de 2022 (Wenderson Araujo/Trilux-CNA)
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O ano de 2023 tem perspectivas de boas notícias para o setor agropecuário brasileiro. Projeções divulgadas em dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o país terá uma safra recorde de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas. O prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) estima que a produção deverá totalizar 288,1 milhões de toneladas, representando um crescimento de 9,6% em relação ao montante de 262,8 milhões previsto para este ano – além de ser o maior desde o início da pesquisa, em 1975.

De acordo com a análise do IBGE, esse crescimento deverá ser puxado pelas lavouras de soja e de milho nos estados do Paraná, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul, que passam por um processo de recuperação das perdas causadas pela estiagem ocorrida ao longo do verão de 2022. 

Apenas a colheita da soja deverá ter um acréscimo de 19,1%, com mais 22.783.143 toneladas. Em segundo lugar no ranking, vem a primeira safra do milho, com alta de 16,8%, seguido das produções de sorgo (5,7%), algodão herbáceo em caroço (2,0%) e a primeira safra do feijão. Por outro lado, haverá a previsão de perdas para outras culturas, que devido a uma série de fatores, podem colher menos no ano que vem. A maior queda prevista é a do trigo, com -12,1%; acompanhado da segunda safra de feijão (-9,5%). 

Já se consideradas as previsões de crescimento para os estados, as maiores são dos três componentes da região Sul. O Rio Grande do Sul lidera as estimativas, com 52,5% a mais na produção. Depois vêm o Paraná (28,4%), Santa Catarina (15,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Tocantins (7,0%). Já as maiores reduções de safra podem ocorrer em São Paulo (-6,5%) e no Piauí (-4,8%).

O LSPA é realizado desde 1972 e faz estimativas sobre área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de uma classe de produtos considerados de grande importância econômica e social para o país. Segundo o IBGE, “ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro”

Gabriel Damásio
com informações do IBGE e da Agência Brasil 

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