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Insegurança alimentar: mais de 33 milhões de brasileiros passam fome

O II Inquérito de Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan) apresenta dados da fome no Brasil.

às 12h34
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Mais de 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. Em pouco mais de um ano, o número de domicílios com moradores vivendo nessa situação aumentou de 9% para 15,5%. São 14 milhões de pessoas a mais, mantendo uma taxa maior do que a metade da população em insegurança alimentar (58,7%). Os dados são II Inquérito de Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (Vigisan).

A pandemia de covid-19 e a situação econômica do país acarretou a alta dos preços nos supermercados e o consumidor precisou encontrar formas de reduzir as despesas com alimentação.

Insegurança alimentar é a condição de não ter acesso pleno e permanente a alimentos. Ela é classificada em quatro níveis. No primeiro, não ocorre comprometimento da alimentação. O estágio de segurança alimentar retrata o acesso regular à alimentação de qualidade para todos os integrantes do grupo familiar, residentes na mesma casa. 

O segundo grau é a insegurança alimentar leve, caracterizada pela redução no consumo de alimentos e comprometimento da qualidade ou incerteza sobre o acesso à alimentação. Já na insegurança alimentar moderada, a alimentação dos adultos é interrompida, priorizando a das crianças ou membros mais vulneráveis.

A fome representa sua forma mais grave de insegurança alimentar. Nesse caso, a alimentação é suspensa para todos os componentes do grupo familiar, incluindo crianças, por falta de dinheiro para adquirir os itens alimentícios.

Falta de água

A fome vem acompanhada de muitas outras carências, destacadamente a falta de água. A insegurança hídrica, medida pelo fornecimento irregular ou mesmo falta de água potável, atingiu em 2020 40,2% e 38,4% dos domicílios do Nordeste e Norte, respectivamente, percentuais quase três vezes superiores aos das demais regiões.

O abastecimento irregular de água é uma das condições que aumentam a transmissão pessoa a pessoa da Covid-19, ocorrendo com maior frequência em domicílios e regiões mais pobres do país.

A relação entre a insegurança alimentar e a insegurança hídrica é incontestável. Segundo a pesquisa Vigisan, a proporção de domicílios rurais com habitantes em situação de fome dobra quando não há disponibilidade adequada de água para a produção de alimentos (de 21,8% para 44,2%).

Vigisan

Em sua segunda edição, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II Vigisan) analisa dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir da realização de entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuído no 26 estados e Distrito Federal. 

 

Com informações de Uol e Olhe Para a Fome

 

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