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Khosta-2: entenda o que é novo vírus descoberto na Rússia

Para o infectologista, Matheus Todt, é importante se informar sobre o novo vírus para prevenir uma infecção e disseminação de fa

às 15h01
Infectologista e professor do curso de Medicina da Unit, Matheus Todt
Infectologista e professor do curso de Medicina da Unit, Matheus Todt
Imagem: Freepik
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Pesquisadores descobriram no Parque Nacional de Sochi, no sul da Rússia, uma nova versão do coronavírus nos morcegos. O Khosta-2 é um vírus que pertence ao subgrupo dos sarbecovírus, igual ao SARS-CoV-2 que provoca a covid-19. 

O novo vírus é capaz de infectar as células humanas e resistir à imunidade criada pelas vacinas da Covid-19. Segundo os últimos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de um quarto (1/4) da população mundial ainda não recebeu a primeira dose da vacinação contra a Covid-19.

O Khosta-2 foi encontrado entre morcegos-ferradura (Rhinolophus hipposideros), uma espécie que também se pode encontrar na Europa e no norte da África. Acredita-se que circule na vida selvagem entre morcegos, pangolins, guaxinins e civetas de palmeira.

De acordo com o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Matheus Todt, as pesquisas iniciais sugerem que o novo coronavírus pode transmitir-se aos humanos usando um receptor, tal como acontece no caso do SARS-CoV-2. 

“Esse vírus, identificado em 2020, apresenta características biológicas que indicam a possibilidade de infectar humanos. No entanto, não há registros de infecções. No momento, isso deve ser encarado como um sinal de alerta. Qualquer morcego, bem como alguns outros mamíferos, podem carregar o vírus Khosta-2. Porém, apesar de haver indícios da possibilidade, ainda não temos registro de infecção em humanos, por isso, neste momento, não há risco de uma nova pandemia”, esclarece Matheus Todt.

Vírus Khosta-2

Para o infectologista, ainda é muito recente para dizer se este novo coronavírus tem potencial para desencadear uma nova pandemia, ou até mesmo uma epidemia. A investigação divulgada pela OMS aponta que o Khosta-2 tem “características preocupantes”, salientando que pode infectar células humanas de forma semelhante ao SARS-CoV-2.

“As medidas que utilizamos durante a pandemia como lavagem das mãos, uso de máscaras e isolamento de pacientes doentes são eficazes para evitar uma possível propagação do novo vírus. É importante que as pessoas saibam que há um risco, porém não vivemos uma iminência de uma nova pandemia. Temos que ter cuidado, mas não há motivo para desespero”, explica o infectologista Matheus Todt.

 

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