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Nove amostras de variante Delta são registradas em Sergipe

Presença da Delta não altera número de casos no estado, mas reforça necessidade de cuidados

às 16h12
O médico infectologista e professor da Unit, Matheus Todt.
O médico infectologista e professor da Unit, Matheus Todt.
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Periodicamente, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) os resultados dos sequenciamentos genômicos de amostras de RT-PCR coletados em Sergipe para a identificação do SARS-CoV-2, o vírus causador da covid-19. Na última remessa, foram enviadas 10 amostras e, destas, nove foram confirmadas para a variante Delta e uma para a Gama. Mesmo assim, o quadro no estado é de queda no número de casos da doença, bem como de internações e óbitos.

O médico infectologista e professor da Universidade Tiradentes (Unit) Matheus Todt, disse que a circulação da cepa Delta, originada na Índia, já era esperada, mas não representa grande perigo. “É uma variante mais contaminante. Não conhecemos nada sobre maior mortalidade ou maior gravidade, mas ela tem a possibilidade de infectar mais pessoas. No entanto, num contexto de vacinação progredindo e tendo essa queda de números, o fato de ter essa variante tão presente não altera muito o cenário”, disse.

Segundo ele, a movimentação e o surgimento de novas variantes é comum nesse tipo de vírus, como o SARS-CoV-2. Quatro cepas circulam no Brasil, atualmente: a Alfa, a Delta, a Gama (originada em Manaus-AM) e a Beta. Para se proteger da contaminação, devem ser observados a higiene das mãos e objetos pessoais, uso de máscaras, evitar aglomerações e principalmente, concluir o ciclo vacinal.

“O que a gente conhece hoje de informações divulgadas é que as vacinas utilizadas no Brasil e no mundo são capazes de proteger contra todas as variantes. Então, não tem nenhuma variante cujas vacinas atuais não consigam oferecer uma proteção significativa. Claro que uma variante ou outra vai ser talvez mais contemplada e vai ter proteção, mas todas são contempladas”, explicou o infectologista.

No Brasil, somente 55,6% da população está vacinada, mas os especialistas acreditam que, para alcançar a máxima proteção, o percentual de vacinados precisa atingir 75% ou mais. “Vemos que as pessoas estão se descuidando e, se começarem a relativizar a vacinação e deixarem de se vacinar, podemos ter uma terceira onda”, alertou Todt.

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