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Pandemia acentua desigualdade de gênero no mercado de trabalho

Acionar rede de empreendedorismo ou buscar conhecimento constante são estratégias para alcançar novos voos e abraçar as oportunidades.

às 21h26
Cláudia LIma | foto Agência Mangue Criativo
Cláudia LIma | foto Agência Mangue Criativo
Maria Luísa Teodoro
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A série “A vaga é sua”, publicada esta semana no Linkedin, traz um retrato do mercado de trabalho para as mulheres. O cenário acentuado pela pandemia apresentou números que refletem a desigualdade de gênero na concorrência por uma vaga. O especial traz ainda dados do Ipea que apontam que o percentual de mulheres no mercado de trabalho foi de 45,8% no terceiro trimestre de 2020, acima apenas do nível registrado em 1990, quando foi de 44,2%. Isso quer dizer que a participação feminina no mercado brasileiro atingiu o pior nível em 30 anos no primeiro ano da crise da Covid-19.

Então, quais seriam as estratégias de apoio à mulher em busca de oportunidades profissionais em 2021? Para a assessora administrativa da Vice-Presidência de Estratégia, Internacionalização e Inovação do Grupo Tiradentes, Cláudia Lima, dar voz a mulher em discussões dentro da empresa e do seu setor pode ser uma boa iniciativa na busca de opiniões que podem trazer benefícios em diversos processos no ambiente de trabalho.

“Desenvolver políticas temáticas que possam trazer a igualdade de gênero e assim permitir que mais mulheres possam assumir cargos de liderança. Valorizar a capacidade da mulher em desenvolver múltiplas tarefas no dia a dia, baseado na experiência de muitas em Home Office durante a pandemia”, reflete.

Para muitas, não são nada animadoras as perspectivas diante de um cenário, por enquanto, ainda incerto por conta da lentidão de uma retomada e da vacinação.  Enquanto o efeito em cascada permanece, a sugestão de Cláudia Lima é pensar em como ampliar os horizontes investindo em conhecimento. “A formação universitária é importante.  Acredito que a busca do conhecimento deve ser constante para alcançar novos voos e abraçar as oportunidades”, conclui.

Para Maria Luísa Teodoro, coordenadora do Unit Carreiras, é preciso, de fato, pensar em algumas estratégias para superar esse momento.

“A mulher acabou triplicando as suas responsabilidades, uma vez que as que já estão no mercado, precisam dar conta da casa e dos filhos, e como estão em home office, é tudo ao mesmo tempo.  Óbvio que observamos figuras masculinas com suporte, mas culturalmente a carga acaba sendo da mulher. Mesmo diante desse cenário é possível pensar em estratégias, exemplo disso é o empreendedorismo com acionamento da rede de network com as amigas, ou ainda, investir nas possibilidades de novas carreiras, novos conhecimentos e experiências. Com isso vamos retomando o nosso papel e posição dentro do mercado. É importante se manter motivada, buscar o autoconhecimento e não perder de vista que a mulher é capaz, tudo é uma questão de oportunidade”, finaliza.

 

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