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Saúde financeira do brasileiro é avaliada em pesquisa

Índice de Saúde Financeira (I-SFB) busca mensurar como anda o equilíbrio financeiro da população, o que pode permitir políticas públicas e iniciativas de educação

às 11h35
Os primeiros levantamentos do I-SFB mostram que a saúde financeira média da população manteve-se no limite, sem muito espaço para erros (Reprodução/Febraban)
Os primeiros levantamentos do I-SFB mostram que a saúde financeira média da população manteve-se no limite, sem muito espaço para erros (Reprodução/Febraban)
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Uma pesquisa periódica recém-desenvolvida promete fornecer mais dados sobre a situação econômica dos brasileiros. Trata-se do Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), criado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Banco Central (BC). Ele permite identificar como as pessoas enxergam a sua atual saúde financeira, isto é, se ela está em equilíbrio ou precisa de algum tipo de melhoria, seja por políticas públicas, soluções específicas ou iniciativas de educação financeira

Desenvolvida por mais de 70 técnicos, entre integrantes do Sistema Financeiro Nacional e especialistas das áreas acadêmica e bancária, a pesquisa começou a ser aplicada no final de 2020 e repetida entre janeiro e março de 2022. A título de amostra, foram estudadas 4.797 pessoas bancarizadas (que mantêm contas em bancos) e maiores de 18 anos, em todas as cinco regiões brasileiras. 

Cada uma delas respondeu a um questionário com 15 perguntas sobre a renda, o comportamento e a saúde financeira. A partir das respostas, é aplicada uma escala de 0 a 100 pontos com sete faixas de classificação: “ótima” e “muito boa”, que indicam maior bem-estar financeiro; “boa” e “ok”, que mostram equilíbrio financeiro no limite; e “baixa”, “muito baixa” e “ruim”, que apontam um maior estresse financeiro

As duas primeiras rodadas da pesquisa aponta que a média geral do I-SFB foi de 57,2 no final de 2020 para 56,0 no início de 2022, o que mostra que a saúde financeira média da população teve uma ligeira piora, mas manteve-se na faixa “ok”, isto é, o equilíbrio financeiro está no limite, com pouco espaço para erros. 

Entretanto, se consideradas as faixas de classificação, 23,2% dos pesquisados estão no nível “muito baixo”, com risco de atingir uma situação crítica. Outros 18,4% estavam em situação “muito boa”, com o domínio do dia-a-dia, mas precisando melhorar o patrimônio. O nível “baixo”, no qual surgem os primeiros sinais de desequilíbrio financeiro e o risco de piora no estresse financeiro, apareceu com 16,6%. E 14,0% estavam em “boa” situação financeira, com “o básico bem feito”.  

As questões do I-SFB também revelaram quatro aspectos mais comuns da situação financeira da população brasileira: 34,2% admitem que gastam mais do que ganham mensalmente; 46,8% sentem algum nível de aperto financeiro; apenas 31% têm dinheiro sobrando no fim do mês com alguma regularidade; e só 19,8% teriam condições de arcar com alguma despesa grande e inesperada. 

Utilidades

De acordo com o Departamento de Promoção da Cidadania Financeira (Depef) do Banco Central, os dados mensurados pelo I-SFB trazem utilidades e benefícios para três grandes públicos: o do cidadão, que pode diagnosticar e melhorar suas decisões sobre as questões financeiras; o do sistema financeiro, que pode desenvolver produtos bancários mais adequados às necessidades da população; e o do setor público, que pode trabalhar na criação de políticas públicas de educação e inclusão financeira.  

O relatório completo, a metodologia detalhada e o questionário do I-SFB podem ser acessados gratuitamente por qualquer pessoa, através do site da Febraban

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do Banco Central

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