A Matemática é muitas vezes o terror dos estudantes nos ensinos fundamental e médio. Há quem sofra só de ouvir falar o nome da matéria. E foi com o objetivo de desconstruir esse entre outros mitos e lançar um novo olhar sobre a Matemática que a professora e coordenadora dos cursos de Pedagogia, História e Geografia da Universidade Tiradentes, Viviane Andrade de Oliveira Dantas, lançou o livro “Aprendizagem e Ensino de Matemática – Múltiplos olhares em diferentes espaços”. A obra feita em conjunto com outros quatro educadores foi lançada na última sexta-feira, dia 11, na Biblioteca Pública Epifânio Dória.
“O livro é voltado para acadêmicos, pesquisadores e para quem quer saber mais da matemática nesses outros olhares, nesses espaços diferenciados. Porque não é só na escola que a gente fala da matemática, é na vida”, diz a professora Viviane sobre os objetivos do livro. Os textos abordam a matemática no ensino de quilombolas, adolescentes em conflito com a lei, regiões ribeirinhas e também sobre afetividade. Além disso, a professora acredita que o livro pode explicar os porquês da cultura de aversão à matéria. “No início da escolarização 100% dos alunos gostam da Matemática e à medida que vai avançando a escolaridade a aversão vai aumentando. E a gente tenta mostrar isso para que os docentes apresentem a matemática de uma forma mais leve, menos tradicional”, afirma.
Números no cotidiano
Uma forma de apresentar a matemática de forma mais próxima dos alunos é mostrá-la no cotidiano. Foi o que pesquisou o professor Wellington Ferreira Santos, egresso da Unit, que estudou a matemática e os estudantes de comunidade ribeirinha. “Fizemos relação da matemática, principalmente nos campos conceituais multiplicativos, ao dia a dia deles. Eles conseguiram perceber que ela tá na venda do peixe, na contagem do pescado, quando precisam comprar no mercado” explica. Já a professora Jamille de Andrade Aguiar traz a questão da relação aluno e professor. “Meu trabalho é sobre a afetividade na matemática, justamente com estudante dos sextos e nonos anos. Pois existe uma cultura que diz que a matemática afasta o aluno do professor e consequentemente o professor do aluno. E como resultado tive a certeza que sim, a afetividade é importante nesse processo” afirma.
O livro ainda contém textos da professora convidada da pós-graduação Unit, Débora Guimarães, e do mestre em Ciências Naturais e Matemática, Evanilson Tavares. A obra pode se adquirida diretamente com a professora Viviane Andrade por meio do correio eletrônico vividantass@hotmail.com
Fotos: Marcelo Freitas