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Cultura e educação digital são debatidas na Sempesq

O doutor em Educação, Edvaldo Souza Couto, faz discussão sobre desmaterialização da cultura

às 19h26
Professor Edvaldo Souza Couto.
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O professor da Universidade Federal da Bahia, Edvaldo Souza Couto, esteve na Universidade Tiradentes para participar da 17º Semana de Pesquisa, a Sempesq.  Com o tema “Leitura, escrita e pesquisa na cultura digital”, a palestra do doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas atraiu diversos professores e alunos para o Campus Aracaju Farolândia na última quarta-feira, 28. A palestra levou aos presentes a discussão sobre novas formas de alfabetização e letramento digital.

“Os livros passam pelo mesmo processo de desmaterialização que o CD e o DVD passaram. Há cada vez mais leituras em ambientes digitais”, afirma Edvaldo. Para ele esse processo modifica o modo de produção e difusão da cultura e do saber. Isso não implica na eliminação do livro impresso, mas de que a experiência de leitura e estudo se tornam mais amplas. “A gente vai ler e escrever em diversos suportes e cada vez mais na tela. E quando falo tela me refiro à tela conectada. Pessoas on-line discutindo cultura, distribuindo saberes”, explica.

Segundo Edvaldo, mesmo a geração que já nasceu conectada não deixa de ter experiência com meios antigos de leitura. “Várias pesquisas mostram que crianças que são alfabetizadas com caneta, scanner e telas gostam de livro impresso. A diferença é que elas leem o livro e, por estar conectadas, ampliam sua experiência de leitura”, diz.  Para pesquisadores e acadêmicos a cultura digital também tem muito a acrescentar. “Primeiro a facilidade de encontrar outros pesquisadores, depois a facilidade de encontrar matérias sobre o que se está pesquisando. Antigamente o cara ficava trancando na biblioteca sozinho. Hoje ele até pode se trancar na biblioteca, mas ele vai tá conectado, em contato com vários outros lugares e pessoas”, declara.

Fotos: Marcelo Freitas

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