Rebeca dos Santos de cinco anos não conteve a alegria de estar cara a cara com diversas espécies de tubarões, tartarugas marítimas, peixes e outros animais no Oceanário de Aracaju. Através desse contato, acadêmicos do curso de Fisioterapia do centro de Educação e saúde Ninota Garcia trabalharam as habilidades sensitiva e motora de Rebeca, além da interação com outras crianças. Esta é uma das finalidades do Projeto Inclusão Social organizado pelos estudantes. A cada semestre, as crianças com necessidades especiais assistidas na Clínica da Universidade Tiradentes participam de uma atividade fora do ambiente clínico com o intuito de desenvolver habilidades através das brincadeiras.
“Percebemos a alegria da criança. Queremos estimular a questão visual, o lado emocional. A atividade contribui para o movimento do controle de cabeça, de tronco, porque ela vai querer ver mais os animais, perceber o que está em volta dela. Nosso objetivo é mostrar que podemos fazer fisioterapia fora do laboratório também”, afirma a professora Daniela da Costa maia, responsável pela disciplina Fisioterapia na Saúde da Criança.
Na quinta edição do projeto, as crianças aproveitaram a sexta-feira, 20 de setembro, para conhecer o Oceanário, localizado na Orla da Atalaia. A mãe da Rebeca dos Santos, Rosa Cristina dos Santos, por exemplo, faz questão de participar dos encontros do Inclusão Social. Para ela, é um momento especial. “É muito bom para o desenvolvimento dela. Rebeca também é muito observadora”, pontua. Desde os seis meses de idade, Rebeca frequenta o Ninota Garcia e já apresenta diversas melhorias. “Ela desenvolveu muito, principalmente a coordenação motora”, revela a mãe.
Cerca de dez alunos do sétimo período do curso participaram da atividade e interagiram com crianças e familiares através de dinâmicas e atividades em grupo. Paulo Ricardo ficou o tempo todo com a pequena Agatha Vitória dos Santos de sete meses. O estudante acredita que a ação fora da clínica ajuda no tratamento dos pacientes. “A maioria dos pacientes tem paralisia cerebral e as ações do projeto melhora a questão audiovisual. No caso da Agatha, ela desenvolveu ao lado funcional”, informa Paulo.
Após a visitação, alunos, professores, pacientes e familiares se reuniram para uma confraternização.
Fotos: Marcelo Freitas