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Tabagismo: um problema de saúde pública

O consumo de cigarro, cachimbos, charutos e cigarros de palha mata cerca de 200 mil pessoas a cada ano no Brasil

às 20h13
Para marcar a passagem do dia mundial sem tabaco, comemorado em 31 de maio, a coordenação do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes promoveu na tarde desta segunda-feira, 30, no auditório A do bloco G, na Farolândia, um debate sobre os males que o uso do tabaco causa no organismo.
Maria da Conceição Lima , Lívia Angélica da Silva e  Manuela de Carvalho Viera Martins
Maria da Conceição Lima , Lívia Angélica da Silva e Manuela de Carvalho Viera Martins
O público formado por alunos e profissionais da saúde
A pneumologista Ana Paula Argolo
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A ação, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, tem por objetivo informar aos futuros profissionais da área sobre questões pertinentes ao tema e ao mesmo tempo transformá-los em agentes multiplicadores no combate ao uso do cigarro.

Manuela de Carvalho Viera Martins, professora e coordenadora adjunta de Enfermagem, diz se tratar de uma roda de conversa multidisciplinar com a intenção de abranger diversos profissionais da área de Saúde com depoimentos de pacientes que lutaram e conseguiram vencer o vício do cigarro. “Segundo dados de 2014, uma média de 10,8% da população ainda é fumante, revelando, assim, um decréscimo nos índices muito grande. Entretanto, ainda precisamos lutar bastante para diminuir ainda mais esse percentual”, lembra a professora.

A coordenadora do Programa de Controle Estadual de combate ao tabagismo, Lívia Angélica da Silva, pondera sobre a importância da realização do evento lembrando que os jovens são o foco da indústria do tabaco. “Estamos aqui para uma troca de informações com o objetivo de fazer com que um grande número de jovens repense sobre os problemas ocasionados pelo uso do cigarro. Estamos lidando com futuros profissionais que serão responsáveis pela prevenção e promoção de saúde”, lembra.

Maria da Conceição Lima trabalha na área específica de hipertensão e diabetes da Rede de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, ao falar para a academia ela ressaltou a importância em trazer o tema para o centro das discussões porque os jovens estudantes têm um duplo papel. “São futuros profissionais da saúde, que irão trabalhar com pacientes fumantes e, por outro lado, são jovens que estão descobrindo a vida e muitos deles estão vulneráveis ao vício do cigarro e precisam se conscientizar dos males que o tabaco provoca”, pondera Conceição.

A pneumologista Ana Paula Argolo, responsável pelo programa de tratamento do tabagismo no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju – Cemar, ressalta que antes mesmo dos prejuízos que o uso do tabaco causa ao organismo, é importante citar os benefícios que a pessoa consegue alcançar ao parar de fumar. “Gosto de lembrar às pessoas que fumam os benefícios. Eles vão desde a saúde, passando pelo aspecto financeiro, familiares, sociais e até do ponto de vista trabalhista. Existem empresas onde um dos pré-requisitos é que não seja fumante e até do ponto de vista ambiental e ecológico é importante saber que a bituca do cigarro demora anos para se decompor na natureza”, afirma a médica.

Se você é fumante, pondere sobre a perda de alguns anos de vida e sobre a possibilidade de sofrer com doenças graves como câncer de diversos tipos; enfisema; bronquite; angina e infarto do coração; derrame cerebral; arteriosclerose; infecções respiratórias; úlceras digestivas. Durante a gravidez, o fumo pode causar aborto, nascimento de bebês com baixo peso ou até mesmo a morte do recém-nascido.

A nicotina é que causa dependência do cigarro. Ela faz com que o organismo sinta falta do fumo, tornando difícil seu abandono. Difícil, mas não impossível. Lembre-se!

ENFERMAGEM1

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