Trata-se de uma atividade que busca estimular o interesse dos alunos pela universidade, os aproximando da realidade acadêmica e da prática jurídica. O julgamento em questão é o de Getúlio Vargas, que também foi feito há 25 anos por alunos do colégio; hoje, a proposta é realizada com a mesma ideia, mas agora com outra estrutura.
Para o coordenador do curso de Direito, professor Eduardo Macêdo, a iniciativa tem pioneirismo. “Essa é mais uma atividade em que promovemos a integração dos alunos de ensino médio para conhecerem nossa realidade dentro da universidade. A gente disponibiliza para eles a estrutura da universidade, em especial o Laboratório de Prática do Júri Simulado, bem como o roteiro de trabalho para que o pessoal do CCPA pudesse vir hoje e levar a contento essa missão”, explica.
A professora do curso de Direito Claudia Laís coordena a atividade e conta que a parceria é uma oportunidade de estreitar laços. “Firmamos uma parceria com o CCPA e Unit, representada pelo curso de Direito, para que a gente pudesse proporcionar esse ambiente acadêmico de aprendizagem que é esse ritual do júri diante da prática argumentativa aos alunos do ensino médio que se preparam para o vestibular”, conta.
O vice-diretor do colégio, Marcos Vinicius, tem o momento com emoção. “Particularmente, é muito importante porque estou revivendo uma situação de 25 anos atrás, quando fizemos um júri simulado exatamente sobre Getúlio Vargas na quadra do CCPA. Hoje, observo que daquele pessoal que participou naquele tempo, muitos seguiram carreira, e vê-los hoje com sucesso nos dá sensação de dever cumprido. Esperamos que esse grupo de hoje receba esse estimulo necessário para a construção de um futuro promissor”, avalia.
Rebeca Fontes Silva é aluna do 2º ano do ensino médio do CCPA e participou do júri como testemunha de acusação. Para isso, ela precisou estudar a história de Anita Prestes, filha de Olga Benário, revolucionária que defendia o comunismo e lutava para acabar com as desigualdades e injustiças sociais. “Tivemos várias reuniões dos grupos de acusação e defesa no colégio, e foi destinada, a cada um, uma função. Inicialmente, eu seria assessora, mas a professora percebeu que eu poderia ir além; e como eu amava a vida de Olga Benário e Anita Prestes, ter podido representá-la caiu certinho pra mim. Adorei a oportunidade de estar aqui na Unit de novo, minha última vez foi na Feivest”, diz.