Segundo Andrés, a inteligência competitiva sempre foi utilizada como recurso para buscar informações e tomar decisões. Atualmente, os resultados são muito melhores graças aos aparatos tecnológicos utilizados para fazer estudos de mercado. “Há duas décadas não tínhamos os recursos tecnológicos que temos hoje, muitas dessas grandes decisões eram tomadas pelo feeling, ou seja, experiência que o gestor tinha. Não há mais espaço para trabalhar na base do feeling, não que a experiência tenha sido deixada de lado, mas temos outros recursos para fazer estudo de mercado, análise de concorrência, o marketing, recursos que temos que lançar mão para fazer a inteligência competitiva acontecer”, ressalta.
Villafuerte explica, ainda, que a inteligência competitiva deve ser utilizada em empresas de todos os portes e de todas as áreas. “Quando começamos a falar de inteligência competitiva pensa-se em contratar pessoas com certa expertise na área e que incorporar esse custo na folha de pagamento de empresas pequenas pode pesar um pouco, mas sempre oriento que essas empresas de pequeno porte treinem um funcionário que goste da área de prospecção, análise de mercado e afins, assim ele começa a desenvolver essa atividade e seu salário já está incorporado a folha de pagamento da empresa”, orienta.
Andrés chama atenção para a carência de profissionais especialistas nessa área no mercado sergipano e afirma que as poucas empresas que praticam a inteligência competitiva no Estado contratam gente de fora por falta de profissionais no local. “É um campo virgem que precisa ser explorado. Digo que precisa porque essa é a única maneira que eu vejo das empresas sergipanas se tornarem mais competitivas. Os empresários não podem mais achar que conseguem competir com eficiência utilizando as mesmas ferramentas de 20, 30, 40 anos atrás, não funciona mais, o mercado e as demandas mudaram, o nível de concorrência aumentou, não é mais local, é mundial. Eu preciso saber o que acontece no mundo e trazer essa visão para o contexto local e, a partir daí, desenvolver estratégias”, aponta.
Ainda não há uma graduação específica para a inteligência competitiva, mas há cursos de MBA na área. Segundo Andrés, se tornar um profissional especialista nesse campo, além de agregar competência ao currículo, abre novas possibilidades de atuação no mercado de trabalho. “O MBA agrega essas competências ao profissional, ele aprende os métodos, como fazer buscas de informação, quais estratégias usar, desenvolve a capacidade analítica para saber o que fazer com o montante de informações coletadas, aprende a identificar a confiabilidade da fonte e a utilizar tudo isso a favor do seu cliente. Quem faz uma especialização nesse sentido se capacita, e em tempos de crise, aumenta seu campo de atuação em um mercado ainda virgem em Sergipe e que precisa ser explorado”, reforça.
A Universidade Tiradentes (UNIT) está com inscrições abertas para o curso de MBA em Gestão da Inteligência Competitiva e Inovação. As matrículas efetuadas até o dia 10 de abril recebem 60% de desconto. Clique aqui e inscreva-se.
Inteligência competitiva é campo promissor em Sergipe
às 12h03
“A inteligência competitiva é a única forma que as empresas têm para concorrer com organizações do mesmo segmento. Ela permite, através da coleta de informações, olhar o cenário atual de mercado e fazer projeções para o futuro. Sem dúvida é uma importantíssima ferramenta de planejamento estratégico”, afirma Andrés Villafuerte, professor Dr. em Gestão do Conhecimento.