“Devido aos acontecimentos que envolvem países da América Latina e, principalmente o Brasil, quando falamos de retrocessos de direitos adquiridos pelo movimento LGBTI, vimos a necessidade de resgatar o tema em um seminário como este. Hoje estamos vivendo um momento de grande violência contra a mulher, de LGBT-fobia e transfobia. Por estamos num espaço de formadores e pensadores na área jurídica, a ideia é fomentar essa discussão e debater os direitos, mesmo que básicos, que ainda são negados a nós”, ressaltou a presidente do Movimento de Lésbicas de Sergipe, Ednalva Monteiro.
A estudante do 1º período de Direito Mariana Rodrigues acredita que para além das discussões acadêmicas, é importante ter conhecimento para defender as causas da comunidade LGBTI. “Como parte integrante desta sigla, eu acho importante entender o que eu posso fazer pelos outros e por mim mesma. Como estudante e indivíduo. Querendo, ou não, este não é um assunto tão explorado dentro das salas de aula. Apenas por quem está na luta.”
Inclusão Intersexo
A letra “I” da sigla LGBTI significa Intersexo ou DSD (Desenvolvimento de Sexo Diferente). Nela estão inclusas as pessoas que nascem com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não se encaixa na definição típica de sexo feminino ou masculino.
Dados da violência
Segundo dados de 2016 divulgados pelo Grupo Gay da Bahia, que faz o levantamento dos números relacionados aos casos de preconceito e agressões homo-lesbo-transfóbicas, foram registradas 343 mortes em todo o país. Em média uma morte a cada 25 horas. Já em 2015, o número chegou aos 318 casos. Somente em janeiro deste ano 23 mortes foram contabilizadas.
Travestis e transexuais são os maiores alvos da violência. O relatório demonstra que, devidas as proporções, uma mulher trans tem 14 vezes mais chance de ser um alvo do que um homem cisgênero gay. Em 2016, 144 travestis e transexuais foram assassinadas no Brasil.
Com informações da Agência Aracaju de Notícias