“A outorga do título de doutor honoris causa está condicionada à história de vida e profissional dos homenageados. O professor Dermeval Saviani é um dos mais importantes educadores brasileiros, um cientista de contribuições inestimáveis para o Brasil, um cidadão em sua plenitude. Estamos muito felizes em conceder a ele esta honraria”, afirma o reitor da Unit, professor Jouberto Uchôa de Mendonça.
“Este título tem um significado muito importante para mim, pois é o reconhecimento de uma instituição consolidada. Sinto-me muito honrado, agradeço a iniciativa e espero fazer jus a ela”, resume o professor Saviani.
Além dele, receberam a honraria o ministro Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal; o professor Jorge Almeida Guimarães, ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes –; e o general José Elito Siqueira, ex-ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
O homenageado
Após 52 anos dedicados ao magistério, Dermeval Saviani é um dos principais nomes do campo de educação no Brasil. É bacharel e licenciado em Filosofia, com doutorado pela PUC-SP, onde ajudou a criar o Programa de Mestrado em Filosofia da Educação e a consolidar o Doutorado em Educação. Também contribuiu com a criação do Mestrado em Educação da Universidade Federal de São Carlos, em convênio com a Fundação Getúlio Vargas.
Em 1986, após concluir a Livre Docência na área de História da Educação, na Unicamp, criou o Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil”, que se consolidou nacionalmente e reuniu grupos de trabalhos na maioria dos estados brasileiros. Em 1988 participou da elaboração de um anteprojeto da LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Considerado filósofo da educação ou pedagogo lato sensu, Dermeval é fundador de uma pedagogia dialética, que denominou Pedagogia Histórico-Crítica. Em 2008, venceu o prêmio Jabuti na categoria Educação, Psicologia e Psicanálise com o livro “História das ideias pedagógicas no Brasil”.