Para tratar sobre suas características e especificidades, dentre os convidados, a coordenadora do Programa de Meio Ambiente da Universidade Tiradentes (Unit), professora Luciana Rodrigues, compôs a mesa da audiência pública no último dia 24, no plenário 10, às 14h. Além dela, o superintendente de Biodiversidade e Florestas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe (Semarh), Elísio Marinho Santos Neto; o assistente técnico de extensão rural e projetos de desenvolvimento sustentável do Centro Comunitário de Formação em Agropecuária Dom José Brandão de Castro, Fábio Andrey Pimentel; e o diretor técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuária de Sergipe (Emdagro), Gismário Ferreira Nobre.
A coordenadora do programa Conduta Consciente da Unit, professora Luciana Rodrigues, ressaltou a importância de se discutir a necessidade da manutenção desse bioma. Em sua apresentação, ela procurou desmistificar a ideia que se tem da caatinga como um local inóspito, triste, seco.
“A caatinga é vida, tem muita biodiversidade, precisando só que a gente se aproprie, conheça e cuide melhor, independente de ela estar à vista ou não”, ressaltou. Segundo ela, uma característica da caatinga é o seu alto nível de endemismo. “São 932 espécies registradas, sendo que 380 são endêmicas. E como outros biomas vêm sofrendo com as ações antrópicas. Estamos devastando nossos biomas e dependemos deles para viver”, observou, acrescentando que a caatinga tem 46,6% de área desmatada.
Caatinga
Único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando uma área de mais 844 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a 11% do território nacional, a caatinga abriga uma diversidade de espécies ainda pouco conhecidas por grande parte da população, tem uma riqueza não só de espécies, mas também de cultura. Ela engloba regiões de clima semiárido dos estados de Sergipe, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e a parte norte de Minas Gerais.
De acordo com a Semarh, 42 dos 75 municípios sergipanos estão inseridos total ou parcialmente nesse bioma e aproximadamente 28 deles em processo de desertificação, devido à degradação. Sergipe só possui quatro unidades de conservação da caatinga.
Com informações do Jornal do Dia Sergipe