Por Denise Gomes
Sabe aquela história de que nunca é tarde para começar algo? Praticar um esporte, entrar na universidade, entre tantos outros exemplos. No Circuito Brasil Loterias Caixa 2018, etapa Norte/Nordeste, que acontece na Vila Olímpica da Universidade Tiradentes, algumas trajetórias ganharam destaque.
Dentre elas está a do atleta Hortêncio Martins, de 41 anos, que integra a delegação da Paraíba, teve interesse na prática há apenas oito anos, assistindo pela televisão competições paralímpicas. Ele começou pelo basquete, foram seis anos de dedicação, mas há dois anos, o foco se concentrou no atletismo, especificamente no arremesso de dardos e também de peso.
“Já era maduro quando percebi que poderia fazer algo diferente por mim, algo que sempre gostei, mas que com o passar do tempo fui deixando de lado, que é praticar esporte. Foi então que busquei o basquete e foi o início de minha trajetória enquanto atleta. Mas, a dinâmica do esporte coletivo é uma e dos esportes individuais é outra, e quando conheci o atletismo me apaixonei pela modalidade. Aqui tudo depende do meu esforço, concentração e preparação. Me identifiquei com isso e não parei mais”, contou.
Inspiração
Há casos em que um amigo, parente ou mesmo um especialista é quem inspira o atleta que existe dentro de cada um. A história do Otávio Santos, de 14 anos, da delegação do Pará, se encaixa bem neste contexto. Deficiente físico, ele utiliza uma prótese articulada para fazer o que mais gosta: correr.
“Não costumava me interessar por esporte e foi através do estímulo que recebi do meu fisioterapeuta, que comecei a praticar e já são seis anos de dedicação, participando de competições regionais e nacionais. É muito gratificante e minha família apoia e torce muito por mim, mesmo assim à distância”, disse.