Até próximo sábado, 17 de maio, o shopping Prêmio, localizado na cidade de Nossa Senhora do Socorro, recebe a exposição ‘Pescando Memórias’. A ação extensionista, organizada por estudantes do 6º período do curso de História EAD do polo de Socorro, resgata e preserva o acervo histórico cultural da criação e formação do povoado São Brás, localizado na região metropolitana de Aracaju. Através de banners e peças artesanais, os alunos mostram as tradições e a cultura popular do povoado.
“Dentro das novas perspectivas da história de trabalhar comunidades ditas, anteriormente, inferiores, nós procuramos modificar o olhar e focar de forma periférica e não o centro. Escolhemos o povoado São Brás porque trabalha com um projeto de integração comunitária. Quisemos explorar algo gratificante e de forma bem grandiosa, algo na pesquisa, história. A ideia é colocar os alunos para vivenciar essa história, promovendo uma exposição ao ponto de dar visibilidade a um povoado próximo, mas que muitos não conhecem. É um momento dos alunos e pessoas vivenciarem essa história”, explica o professor-tutor do curso, Jucá Andrade Melo.
A ideia de trabalhar com o povoado surgiu através da estudante do curso, Isabela Santana. Ela, juntamente com o esposo, morador e idealizador do projeto ‘Pescando Memórias – no São Brás’, Givanildo Santana, começou a realizar oficinas e trabalhos de incentivo as artes visuais e desenvolvimento sustentável para moradores no povoado. Logo, as atividades elevou a autoestima dos moradores. “Sinto-me muito gratificante em ver a realização dessa exposição. É muito bom divulgar a história da sua comunidade. Quero levar essa exposição para outros locais, para as pessoas conhecerem o povoado São Brás que é rico em história e cultura”, observa Givanildo.
Sem dúvida, a exposição, que também conta com colaboração da museóloga Vera Helem, chama a atenção de quem passa no local seja pela apresentação artística de chorinho e/ou pelos artesanatos do povoado. A supervisora de restaurante e a dona de casa, Jilza Lima e Magnólia Mendonça, respectivamente, ficaram curiosas com as peças utilizadas para a pesca pelos moradores. “É a primeira vez que conheço a atividade desse projeto e achei muito interessante a cultura local”, ressalta Jilza.
Para a acadêmica Luciana Andrade, a exposição é oportunidade não apenas para divulgar as ações da comunidade ribeirinha, mas um momento de incentivo a busca pelas histórias do Estado. “Não existe futuro sem conhecer o passado e, muitas vezes, não conhecemos a história do nosso próprio estado. E o nosso grande ganho com este trabalho foi dar visibilidade ao projeto e conhecer mais a comunidade São Brás que tem um potencial cultural, artístico e social muito forte. Para nós é um aprendizado”, avalia Luciana.
Fotos: Marcelo Freitas