O professor assistente de Engenharia Química do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Bradlay Olsen, reuniu na noite dessa quinta-feira, 26, no Campus Unit Farolândia, pesquisadores e estudiosos da iniciação científica em torno de uma conferência cujo tema destacou os estudos alternativos para a redução da poluição mundial, desde que o plástico passe a ser usado de forma consciente.
Convidado a participar de um dos momentos mais importantes da 20ª Semana de Pesquisa (Sempesq), o cientista aproveitou sua estada na academia para conhecer o grupo de pesquisa que desenvolve estudos similares e com ele trocar experiências a respeito das análises que são desenvolvidas com base na engenharia de novos materiais biofuncionais e bioinspirados e na compreensão da nova física de polímeros necessária para controlar a estrutura e as propriedades em nanoescala desses sistemas complexos.
“A civilização humana é definida pelo tipo de materiais utilizados”, explica o palestrante. Ele exemplifica citando a existência da época do ferro, do aço e lembra que, em razão de vivermos atualmente a época do plástico, precisamos encontrar alternativas que minimizem as consequências do produto no meio ambiente ocasionadas pelo longo período de decomposição. “Todo plástico vai para o lixo, que polui o meio ambiente e os oceanos, comprometendo a cadeia alimentar”, acrescenta o pesquisador Olsen, alertando que, se nada for feito, em muito pouco tempo haverá mais resíduo plástico nos oceanos do que peixes.
O professor Bradlay Olsen reconhece que não há como desconhecer a existência do plástico (até porque ele tem papel importante na vida do indivíduo), mas há alternativas para a minimização do problema que ele ocasiona no meio ambiente. “A existência de soluções que passam pela redução do seu uso, pela reciclagem e pela produção de plásticos mais sustentáveis em lugar dos atuais são algumas dessas possibilidades”, explica o palestrante.
A coordenadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Saúde e Ambiente, Eliane Cavalcanti, reafirma a importância da palestra do doutor Bradlay Olsen, porque revela a necessidade de os pesquisadores desenvolverem novas tecnologias para a redução de um problema que atinge e ameaça a humanidade. “Apesar de ser uma preocupação da sociedade como um todo, é a academia quem vai fazer a proposta de mudança”, sugere a professora Eliane.
“O Brasil possui uma legislação ambiental muito interessante que requer ajustes e interpretações e implantações de políticas públicas. E você ver um país como os Estados Unidos que também tem suas mazelas e problemas com o meio ambiente discutir em conjunto é muito salutar”, opina o professor e pesquisador do mestrado e doutorado em Engenharia de Processos, Álvaro Silva Lima. Ele salienta a necessidade de fomentar junto aos pesquisadores sergipanos o trabalho que é desenvolvido em outros países, no caso, os EUA.