Em meio às ordens para fechamento do comércio nos shopping centers, espaços públicos e de rua como tentativa de conter a escalada dos casos de coronavírus no País, empresários e empreendedores buscam alternativas para continuar atraindo clientes e gerando renda. Em Aracaju, um empresário do ramo de atividade física teve a ideia de alugar equipamentos de ginástica após os decretos estadual e municipal de suspensão temporária do funcionamento de academias.
“Eu trabalho na área há seis anos e já tinha alguns equipamentos próprios. Com o fechamento das academias, fiz um acordo com as que trabalho e estou sublocado os equipamentos para pessoas físicas. Minha perspectiva é continuar investindo nesse segmento quando essa fase passar. Depois que fecharam os espaços públicos, a demanda aumentou 150%”, afirmou o administrador Alex Menezes, acrescentando que as negociações são feitas por meio das redes sociais.
“Toda a divulgação e locação é feita online. Do dia 18 para cá, já alugamos 70% do que temos”.
Gerente do Unit Carreiras, Janaína Machado avalia o momento como de transformação. “Acredito que todos os nichos estão sofrendo profundas mudanças. Alguns setores avançaram como e-commerce, saúde, farmácias, tecnologia, varejo. Outros estão passando por transformações como educação, atendimentos terapêuticos, que estão ocorrendo online. As empresas que se reinventarem mais rapidamente irão sobreviver”, disse, aconselhando que é um bom momento para investir em capacitação.
“Todos os setores precisaram passar por mudanças após essa crise mundial. Investir em tecnologia, capacitação dos colaboradores faz parte do processo de modernização, mudança e sobrevivência”.
Para Janaína, a fase de isolamento social é também de oportunidade. “A palavra crise tem dois significados no idioma chinês: dano e oportunidade. Muitos setores estão percebendo oportunidades nesse momento. O comércio eletrônico está vivenciando um momento de expansão, acredito ser o momento de investir nessa modalidade por meio das redes sociais e sites. O desenvolvimento de aplicativos ainda é muito caro para o pequeno empreendedor. É momento de cautela, de não se fazer dívidas e de investir em colaboradores com habilidades tecnológicas, preparados para mudanças e dispostos a aprender”.