Desde 2018, pesquisadores da Universidade Tiradentes, por meio do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, têm desenvolvido diversos estudos voltados ao envelhecimento humano e ao impacto do exercício físico na saúde e na qualidade de vida dos idosos. A iniciativa é do professor doutor Estélio Dantas, vinculado à Rede Internacional de Motricidade Humana, que realiza pesquisas com o referido público há mais de 20 anos.
Com o avanço dos estudos, das contribuições, dos resultados positivos e, principalmente, com a integração de cientistas internacionais, foi criada a rede de pesquisa multicêntrica “Envelhecimento ativo: exercício e saúde”, composta por 19 universidades de diversos países, entre elas a Unit.
“Nós recebemos o pesquisador Pablo Jorge Marcos para a realização do seu pós-doutorado com foco na promoção de saúde, qualidade de vida e autonomia funcional, por meio do treinamento de força com o idoso. Com este elo e com a criação da rede internacional, as pesquisas ganharam novos rumos”, declara o professor Estélio Dantas. A pesquisa é realizada no Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LABIMH da instituição de ensino com idosas captadas nas Unidades Básicas de Saúde de Aracaju.
“Somos pioneiros em realizar um treinamento de força e com intensidade nos idosos. Nós conseguimos mudar o paradigma de atuar com exercícios leves, dança ou apenas alongamentos. Assim, o trabalho com pessoas desta faixa etária, com a utilização de carga e intensidade, respeita a individualidade de cada um e promove melhoria na qualidade de vida”, salienta o pesquisador.
Com o intuito de impulsionar os estudos, a inovação e a internacionalização, o Ministério da Cultura e dos Esportes do governo espanhol aprovou projeto e destinará recursos à rede.
“A aprovação do projeto pelo governo espanhol foi uma surpresa bastante agradável, porque é um reconhecimento da qualidade e do compromisso da nossa pesquisa”, acrescenta.
Com a destinação de novos recursos, o projeto denominado Masterfitts será ampliado. “Estamos na época de planejamento principalmente por causa da pandemia. Então, as reuniões acontecem de forma virtual. Logo após, realizaremos um congresso para estabelecermos estratégias de coletas de dados que serão realizadas em diversos países”, explica Dr. Estélio.
“Quando acabar o período de distanciamento social, voltaremos a trabalhar com as idosas presencialmente, agregando ainda mais pessoas à pesquisa”, finaliza.