Por Raquel Passos e Cecília Oliveira
O Workshop de Pesquisa em Direito, nos últimos dias 18 e 19, discutiu como a prática da pesquisa acadêmica enriquece a formação do profissional de Direito. Organizado por professores de Direito da Universidade Tiradentes, o evento tem o objetivo de incentivar os alunos à prática científica.
Em sua primeira edição, o Workshop tem o objetivo de difundir técnicas e ferramentas teóricas. Para o professor Eduardo Robertti, um dos organizadores, é preciso ampliar o olhar do aluno para elaboração de trabalhos científicos. “Em especial àqueles alunos que estejam se preparando ou em fase de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso e os interessados em pesquisa”, conta.
Para o professor Jéffson Menezes, também membro da comissão organizadora, a oportunidade serve para somar esforços e contribuir com a jornada dos alunos no caminho da pesquisa científica. “As competências e habilidades que os discentes desenvolvem ao pesquisar, seja na contribuição na escrita, leitura, reflexão crítica e compreensão de mundo representam um diferencial na formação acadêmica e profissional. Como o enfrentamento dos desafios impostos pelo ato de pesquisar muitas vezes é desprezado, é necessária a criação de espaços de discussão e troca de experiências entre jovens atores e os mais experientes pesquisadores, além de acadêmicos em geral”, explica professor Jéffson.
Na programação, pesquisadores mestres e doutores em Direito de estados como Piauí, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, além de Sergipe, que vivem a academia. No dia 18, ocorreram dois painéis: “como ampliar minhas fontes de pesquisas confiáveis”; e “como encontrar o meu tema de pesquisa”, apresentado pela professora, mestre e doutora em Direitos Humanos pela UniFacs, Naila Fortes, e pelo professor, mestre e doutor em Direito pela UniCEUB, Octahydes Ballan, respectivamente.
Painéis
Naila Fortes abordou sobre a importância de entender os métodos de pesquisa para auxiliar na formação dos profissionais de Direito e incentivar os alunos a começar cedo na pesquisa científica, segundo ela no primeiro período já é a hora de iniciar. Já Octahydes Ballan indica ideias para despertar o seu eu científico pesquisador e fala que é essencial o aluno se identificar com o tema que irá pesquisar e saber qual a área de direito quer estudar.
“A pesquisa é algo que tem que estar no cotidiano do jurista, pois ele usa a pesquisa como ferramenta de trabalho no processo de argumentação, de criação no processo científico dentro do direito”, explica a doutora em Direito pela Faculdade Patos de Minas Gerais, falando ainda da experiência com seus alunos e como houve uma melhora significativa em sua argumentação e conhecimento.
A estudante de Direito da Unit, Beatriz Bittencourt, conta como esse evento ampliou seu olhar para a pesquisa científica: “O Workshop foi muito esclarecedor e produtivo para nós alunos, principalmente para quem, assim como eu, está prestes a elaborar o TCC”. Ela complementa que não tinha um contato próximo com a pesquisa científica, mas que agora deverá se aproximar. “Estou muito satisfeita em ter participado”, finaliza.
Workshop
O Workshop reúne pesquisadores experientes do Direito, em sua totalidade pós-graduados (mestres e doutores) em um espaço virtual e interativo como é a plataforma do Google Meet oferecido pela Unit aos seus alunos. Nesta primeira edição, foram 220 inscritos.
“Isso demonstra o grande interesse dos alunos por eventos que adotem como temática a pesquisa científica. As devolutivas que temos recebido têm sido as melhores possíveis”, revela professor Eduardo Robertti, acrescentando que o evento contou com a participação da Liga Acadêmica de Direitos Humanos e Constitucional do campus Unit Estância, e da Atlética Unitouros (todos os campi).