Sexto maior mercado farmacêutico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e da França, o Brasil tem chamado atenção do mercado farmacêutico, seja com investidores ou com pesquisadores. Além do crescente mercado, o País atrai pela diversidade de matéria-prima.
Diante da versatilidade do profissional da área, o curso de Farmácia da Universidade Tiradentes, em parceria com o Conselho Federal de Farmácia, promove o Congresso Internacional de Farmácia entre os próximos dias 7 e 9 e um dos temas abordado será o uso de matérias-primas de natureza biodegradável e biocompatível em bioativos.
O evento também celebrará os 25 anos do curso de Farmácia da Unit e trará profissionais nacionais e internacionais. Entre eles, a professora com Agregação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Eliana B. Souto, que abrirá o evento no dia 07.
“A palestra será subordinada à discussão sobre novas formas farmacêuticas para administração de bioativos, discutindo as vantagens do uso de matérias-primas de natureza biodegradável e biocompatível, como é o caso da variadíssima oferta de lipídios do Brasil. Serão abordadas as vantagens e as limitações inerentes ao uso de nanopartículas lipídicas para administrar bioativos por várias vias, assim como aspectos relacionados com a biocompatibilidade in-vitro/in-vivo”, informou.
Perspectivas
Questionada sobre as perspectivas de mercado na área de farmácia, Eliana ressaltou a diversidade da profissão e das fontes de bioativos do Brasil.
“O mercado na área da farmácia é vasto e significativamente diverso, e que pode ser reforçado com uma aposta no uso de matérias-primas nacionais. Com efeito, o Brasil oferece fontes riquíssimas tanto de bioativos como de excipientes, os quais podem ser explorados no desenvolvimento e aprimoramento de formulações farmacêuticas com vista a aumentar a promoção e a competitividade internacionais”.
A docente destacou o papel desempanhado pelo farmacêutico na promoção do bem-estar e da saúde e pontuou o trabalho do profissional durante a pandemia do novo coronavírus.
“No quadro da pandemia da Covid-19, que se tem caracterizado por uma ansiedade generalizada, por desinformação e desconhecimento, a assistência farmacêutica – ainda que remotamente em virtude do confinamento – tem-se revelado de um valor incalculável. Com efeito, o farmacêutico é, em grande medida, o primeiro profissional a quem se recorre no sistema de saúde”.
Congresso
Além de palestras, debate e minicursos, o Congresso vai proporcionar o “momento científico” no qual mais de 70 projetos e trabalhos serão apresentados.
Aberto para o público externo, as inscrições são gratuitas e devem ser feitas online. Para conferir a programação, clique aqui.
Mercado
Segundo dados da empresa IQVIA publicados no Relatório Anual 2018 do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), em 2018, o setor registrou R$ 103 bilhões. O estudo aponta que, até setembro de 2019, o faturamento chegou a R$ 110,08 bilhões. A perspectiva para este ano, projeção anterior à pandemia, era de 9% de crescimento.