No último dia 11 de dezembro, o curso de Direito da Universidade Tiradentes, por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas, realizou uma Master Class com a temática “Método Harvard de Negociação” e marcou o encerramento do semestre letivo dos acadêmicos. A iniciativa, realizada pelo YouTube da Unit, foi voltada aos estudantes do Núcleo de Práticas Jurídicas da instituição de ensino e aberta ao público externo.
“Nós estamos realizando este evento para reafirmar o compromisso que todos nós, que fazemos parte da Universidade Tiradentes, temos com a formação dos nossos acadêmicos. Consideramos a importância de uma formação jurídica que contemple Justiça Negociada e os meios de autocomposição”, declara o coordenador do NPJ, professor Jéffson Menezes.
“O curso de Direito da Unit segue as diretrizes curriculares nacionais evidenciadas pelo MEC que assegura uma formação geral humanística e que tenha o domínio das formas consensuais de composição de conflitos. Nós visamos a preparação do estudante para que, entre as competências desenvolvidas durante os cinco anos de graduação, esteja a cultura do diálogo e o uso de meios consensuais de solução de conflitos”, acrescenta.
A convidada para esta edição do Master Class foi a dra. Rochelle Jelinek, promotora de Justiça do Rio Grande do Sul, mestre e doutora em Direito pela PUC/RS. Rochelle possui formação em Negociação e Liderança pela Harvard Law School, Universidade de Harvard nos Estados Unidos e leciona as disciplinas de Processo Coletivo, Gestão de Conflitos e Negociação Jurídica em diversos cursos de pós-graduação e cursos de extensão.
“Há muito tempo, eu não me conformava mais com a ideia da litigância e do processo, embora a minha formação toda seja em processo civil. Chegou a um determinado momento que eu vi que o processo não resolvia mais. Passei a estudar a teoria e prática de acordo e, em um outro determinado momento, percebi que só a teoria do acordo como estudávamos também não resolvia os problemas, porque era muito voltada em artigos de lei”, comenta Rochelle.
“Eu sempre digo que o artigo de lei não resolve problemas, porque, por trás de toda problemática, supostamente jurídica, existe uma problemática humana. Se a gente não aprender a lidar e a resolver a problemática humana, o conflito ou o problema vai continuar ali, o processo só termina o próprio processo, ele não termina o problema”, finaliza.