Muitas pesquisas científicas saem dos laboratórios e ganham o caminho do dia-a-dia nas ruas, nas empresas e nos serviços públicos, mas ganham autoridade para isso após passar pela chancela das revistas científicas. São publicações periódicas especializadas que divulgam artigos científicos que divulgam, retratam e explicam as pesquisas, seus objetivos e seus resultados. Em geral, são publicadas por instituições de pesquisa, sociedades científicas dedicadas a um ramo profissional (como Medicina, Engenharia, Arquitetura, Química, Matemática, etc) e universidades, através de seus programas de pós-graduação e pesquisa. Não sem antes passar por uma rigorosa avaliação técnico-científica.
Relatos históricos mostram que as primeiras publicações do tipo surgiram em 1665: o Journal des Savants, na França, e o The Philosophical Transactions of the Royal Society, da Inglaterra. Ambas circulam até hoje e são consideradas as mais antigas revistas científicas do mundo, tendo sido lançadas com apenas dois meses de diferença entre elas. E foram consideradas fundamentais para a divulgação do conhecimento científico e de experiências que mudaram a história e evoluíram a humanidade e as tecnologias. Mais adiante, surgiram as duas publicações mais conhecidas e respeitadas em todo o mundo: a britânica Nature (lançada em 1869) e a americana Science (de 1880), que são interdisciplinares, ou seja, abarcam todos os ramos da ciência.
No Brasil, as primeiras publicações científicas surgiram na segunda metade do século XIX: a Gazeta Médica do Rio de Janeiro (lançada em 1869) e a Gazeta Médica da Bahia (de 1880). Já as mais antigas em circulação são a Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, editado desde 1909 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a Anais da Academia Brasileira de Ciências, publicada desde 1929 pela Academia Brasileira de Ciências, mas criada 12 anos antes com o nome Revista da Sociedade Brasileira de Ciências e em seguida como Revista de Sciências.
Com o advento da internet, nos anos 1990, as publicações passaram a ficar disponíveis em sites e em bibliotecas digitais on-line, que abarcaram novas publicações científicas junto com as mais tradicionais. Entre as brasileiras, a principal delas é a Scielo (Scientific Electronic Library Online), criada em 1998, a partir de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme). Ela não apenas reúne um gigantesco acervo de artigos e publicações do Brasil, mas também de outros 15 países: África do Sul, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai, Índias Ocidentais e Venezuela.
Outra importante fonte de artigos científicos é a Plataforma Sucupira, mantida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e que reúne informações completas sobre a produção científica e acadêmica na pós-graduação em todo o Brasil – e dentro dela, está o Qualis, um sistema de avaliação de periódicos que relaciona e classifica os veículos utilizados para a divulgação da produção intelectual dos programas de pós-graduação do tipo “stricto sensu” (mestrado e doutorado). E a própria Capes cataloga revistas científicas do país inteiro em seu Portal de Periódicos.
Publicações do Grupo Tiradentes
O Grupo Tiradentes também tem as suas publicações voltadas para a divulgação de artigos científicos produzidos em seus cursos de graduação e programas de pesquisa nas unidades da companhia em Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Elas são editadas pela Editora Universitária Tiradentes e disponibilizadas no Portal de Periódicos do Grupo Tiradentes na internet. Hoje, o Grupo tem 14 publicações voltadas conforme a área de conhecimento de cada curso ou grupo de cursos. Essas publicações se agrupam em três títulos.
O primeiro é a Interfaces Científicas, publicadas a cada quatro meses e com edições voltadas para as áreas de Direito, Educação, Exatas e Tecnológicas, Humanas e Sociais, e Saúde e Ambiente. O segundo é a Ideias e Inovação, dedicada a artigos científicos produzidos pelos alunos dos cursos da pós-graduação lato sensu. E o terceiro são os Cadernos de Graduação, que têm edições individuais em cada estado, voltadas aos cursos das áreas de Humanas e Sociais, Saúde e Ambiente, e Exatas e Tecnológicas.
Ascom | Grupo Tiradentes