Por Stefânia Leal e Raquel Passos
O Grupo de Estudo e Pesquisa, Comunicação, Educação e Sociedade – Geces – da Universidade Tiradentes, completa 10 anos de experiência em estudos e pesquisas marcadas pelas problemáticas da interligação de comunicação, educação e sociedade. Neste mês de março, o grupo promoveu o 10° Simpósio Internacional de Educação e Comunicação, o Simeduc.
Destinado a pesquisadores, professores, alunos de graduação e pós-graduação em todo território nacional e internacional, o Simeduc busca ampliar as discussões sobre a Educação e a Comunicação e as contribuições nos processos de aprendizagem dentro e fora do espaço escolar.
O professor do Programa de Pós-graduação em Educação da Unit e coordenador do evento, Ronaldo Linhares, mediou a conferência de abertura, com o tema ‘Alfabetização Midiática e Informacional para o Pensamento Crítico’. A conversa virtual contou com a presença do jornalista e educador, Alexandre Le Voci Sayad, da ZeitGeist/São Paulo e também da educadora, consultora e autora Carolyn Wilson, da Western University/Canadá.
O fundador da ZeitGeist Educação, Cultura e Mídia, Alexandre Sayad, trouxe a chamada Educação na Idade Mídia como tema para o debate, para ele, a educação na Idade Mídia é um oposto a Idade Média, já que enquanto na Idade Média tinha-se o conhecimento enclausurado, na Idade Mídia, que aliás é o tempo atual, existe o excesso de informação.
Para explicitar o tema, o palestrante colocou em foco dois paradigmas educacionais: o primeiro tratando da máxima da educação formal, que constitui-se em afirmar que a escola deve ajudar a preparar o estudante para vida, mas o jornalista e educador deixa o questionamento: que vida essa para qual se prepara os estudantes? O segundo questionamento paradoxal trata-se do pensamento crítico que a escola deve promover nos estudantes.
“A escola deve desenvolver o pensamento crítico, mas o pensamento crítico virou uma palavra um pouco esvaziada do dia a dia, não para quem estuda isso […].A gente precisa revê-lo, não é só uma revisita histórica do termo, mas é uma reconstrução mesmo, eu acho que o pensamento crítico precisa ser reconstruído conceitualmente é praticamente”
Já a professora Carolyn Wilson apresentou importantes contribuições acerca das conexões entre a alfabetização midiática e o pensamento crítico abordando temáticas atuais e possíveis questões enfrentadas futuramente. Com o auxílio de tradutores da Cabine ITC, a professora pode esclarecer o tema e apresentar o conteúdo.
O evento aconteceu online, com a participação de convidados nacionais e internacionais e foi transmitido pelo canal do Geces no YouTube entre os dias 24 e 26 de março. O Simpósio, que teve as inscrições gratuitas, está disponível para quem tiver o interesse de ficar por dentro dos debates acerca das linhas de estudo da Comunicação e da Educação.