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Sergipanidade vai muito além da origem geográfica

“A sergipanidade vai muito além de um espaço físico, é um caldeirão de histórias compartilhadas, costumes, culinária, música, arte’, diz professora.

às 22h17
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“Para definirmos a palavra sergipanidade, precisamos entender a sua formação morfológica: composta pelo radical sergip + idade = característica própria e diferenciadora das coisas ou das pessoas de Sergipe. Para além de um vocábulo, ainda não dicionarizado, sergipanidade é identidade cultural de um povo que compartilha hábitos, costumes, práticas, crenças, valores e saberes”. A explicação é da Doutora em Letras e Professora Titular na Universidade Tiradentes, Ana Cláudia Ataide Almeida Mota.

Representação de pertencimento e simbologias comuns, sergipanidade revela sentimento.

“Tal sentimento se revela a partir das práticas do cotidiano, dos costumes compartilhados e da reelaboração de experiências. Assim, a sergipanidade vai muito além de um espaço físico, é um caldeirão de histórias compartilhadas, costumes, culinária, música, arte etc”, ressalta.

Então, o que dizer das pessoas que adotaram essa terra e se sentem sergipanos por livre e espontânea escolha? É o caso da professora Ana Cláudia que é soteropolitana de nascimento, já residiu em várias cidades do Brasil e exterior, mas há quase 10 anos adotou Sergipe por afinidade e amor ao seu povo e seus costumes.

“É um sentimento tão real e avassalador que transpõe as fronteiras geográficas”, define.

O Dia da Sergipanidade marca o 24 de outubro, um dia de celebração anual de uma construção diária de identidade.  Em um mundo globalizado, no qual muitos tendem a falar com o mesmo sotaque, como manter e se orgulhar da cultura, do jeito de falar?  A professora pontua que os veículos de comunicação, por conta da sua capacidade de alcance, tendem a adotar e promover um padrão/neutralização linguística.

“Todavia, no cotidiano das pessoas, tal exigência não se faz tão presente, e a manutenção do sotaque, inclusive, é vista como uma forma de valorizar os seus hábitos e costumes. A diversidade linguística é saudável e as variadas normas que a regem, é um processo natural, presente em todas as culturas e povos”, conclui.

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