Por Stefânia Leal e Raquel Passos
O livro é uma ferramenta informacional que exerce papel crucial na formação das pessoas, seja ele didático ou paradidático. A defesa do livro busca salvaguardar a importância desse instrumento da educação e aliar ao poder dele a acessibilidade do aprendizado e do direito à leitura.
A bibliotecária da Unit Sergipe, Gislene Maria da Silva Dias, juntamente com o colega da Unit Alagoas, Jadinilson Afonso de Melo, produziram o artigo “Livro: valioso instrumento de transformação social”, em consonância com a campanha #DefendaoLivro para que sejam criadas políticas públicas que incluam as classes desfavorecidas no universo da literatura.
O artigo traz à tona uma discussão que vai na contramão da proposta da cobrança de tributos, buscando entender quais caminhos devem ser traçados para ampliar o escopo do acesso à leitura.
A bibliotecária Gislene Maria acredita que para o Brasil progredir é preciso políticas públicas claras de apoio e difusão do livro e sugere algumas alternativas para o fomento da leitura. “Políticas públicas de incentivo a criação de bibliotecas comunitárias, fortalecimento das bibliotecas escolares, a leitura para todos e em todos os formatos acessíveis, com mais leitores teremos um país melhor e mais plural”, destaca.
Para o coautor, Jadinilson Afonso, o livro é uma ferramenta imprescindível na disseminação da informação, pois é um insumo teoricamente de baixo custo, de fácil acesso e por meio dele é possível agregar conhecimentos das mais diferentes áreas e dos mais renomados pensadores.
“Os livros paradidáticos proporcionam uma visão ampla do mundo em que se vive e também outras questões alheias ao dia a dia e ao cotidiano. Seria fundamental que além de políticas públicas nós fizéssemos a nossa parte e que as instituições de ensino, as ongs e as empresas pudessem destinar investimentos para a educação ou na compra de livros”, acredita Jadinilson.
O artigo que Gislene Maria e Jadinilson escreveram juntos defende que sem livros acessíveis, a mudança de classes ficará cada vez mais restrita às oportunidades voltadas àqueles que compõem a mais favorecida. “O livro é a ferramenta mais valiosa de transformação social. É por meio do livro que o indivíduo adquire conhecimento, o que também contribui com o desenvolvimento do pensamento crítico e para a formação cidadã”, conclui Gislene.
Para ler na íntegra, acesse aqui.
Campanha Defenda o Livro
Fruto do projeto de reforma tributária proposto pelo Ministério da Economia em agosto de 2020, a brecha legal que prevê a volta da cobrança de imposto sobre o preço do livro não agradou boa parte da sociedade e gerou manifestações nas redes sociais de leitores e escritores.
Identificada pela hashtag #DefendaoLivro, a mobilização contra o Projeto de Lei 3887/2020 conta com o abaixo-assinado ‘Defenda o livro: Diga Não à Tributação de Livros’ que já possui mais de um milhão e quatrocentos mil assinaturas.
Desde a Constituição de 1946 que o livro é um bem isento de impostos, mas a proposta da reforma propõe que os livros fiquem sujeitos à tributação sob alíquota de 12%. No último dia 26 foi realizada a Audiência Pública na Comissão de Educação, onde parlamentares e convidados debateram sobre projeto do Poder Executivo que está em análise na Câmara dos Deputados.
Com informações do portal da Câmara dos Deputados.