É baixa a cobertura de esgotamento sanitário no país, que chega a apenas 61,9% da população das cidades. O Brasil ainda precisa avançar para universalizar o acesso ao saneamento básico, um tipo de obra que sempre é de alto custo, mas essencial para a prevenção de doenças e para a saúde pública.
Dados do último ano, recolhidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), mostram também que apenas 49% do esgoto produzido no país é tratado. Esse é um problema que deteriora não apenas a qualidade de vida das pessoas, como também o meio ambiente, já que o esgoto não tratado volta ao meio natural, sobretudo às reservas hídricas.
É grande a necessidade de investimento nesse setor, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam os piores índices nesse quesito. O tratamento de esgoto, assim como o fornecimento de água, são serviços onerosos, de responsabilidade dos municípios, com compartilhamento de obrigações com estados e União.
Atuação profissional
O engenheiro de saneamento, ou engenheiro sanitarista, é o profissional que vai elaborar, coordenar e executar projetos e serviços de saneamento básico, de obras sanitárias e de exploração dos recursos hídricos. Ele desenvolve e implanta, realiza inspeções e vistorias sanitárias e elabora regulamentos.
Atua também depois de efetivadas essas obras, fazendo a fiscalização, a manutenção e a ampliação de projetos. Prevenir o desperdício também é uma preocupação desse profissional, que trabalha coordenando atividades de monitoração e vigilância dos fatores ambientais com incidência na saúde humana. Participa ainda do planejamento e avaliação de programas ambientais.
Mais investimentos
Existe uma escassez de recursos públicos para investimento em obras de saneamento; e a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento, em junho de 2020, gera a expectativa de novos investimentos na área já em 2021. O otimismo vem da possibilidade da iniciativa privada explorar os serviços de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.
Municípios e estados ficam obrigados a abrir licitação para contratação de serviços de saneamento. Se a perspectiva se concretizar, deve aumentar a busca por profissionais capacitados em engenharia de saneamento, para os novos projetos de saneamento básico que ainda precisam ser executados em todo o país.
O engenheiro que se especializa nesse segmento estará habilitado nas metodologias e tecnologias necessárias para realizar projetos, operações, diagnósticos, construção e manutenção de sistemas ligados ao saneamento básico.
Asscom | Grupo Tiradentes