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“A restauração do Centro é um desejo antigo dos aracajuanos”, diz arquiteta.

Para a arquiteta e professora da Universidade Tiradentes Rosany Albuquerque, os centros históricos são, geralmente, o coração das cidades.

às 11h05
Imagem: Freepik
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No último dia 27 de julho, a Prefeitura Municipal de Aracaju iniciou as discussões para a revitalização do Centro de Aracaju. Uma comissão foi formada para se debruçar sobre a situação da região, traçar um diagnóstico e estabelecer um roteiro de ação. A iniciativa é considerada um dos eixos prioritários da atual administração.

“Espero que as discussões da comissão criada pela administração municipal obtenham muito sucesso na elaboração de um bom diagnóstico e roteiro de ação para a revitalização do Centro de Aracaju. A restauração do bairro é um desejo antigo dos aracajuanos, por motivos econômicos, sociais, culturais e urbanísticos”, comenta a arquiteta e docente da Universidade Tiradentes (Unit), Rosany Albuquerque. 

“Os centros históricos são, geralmente, o coração das cidades. Aracaju tem no seu centro o início do processo de ocupação desse sítio como capital, preservando assim grande parte das memórias da nossa sociedade, desde a luta pelo domínio das difíceis condições ambientais no século XIX até os dias atuais, ou seja, parte significativa do nosso Patrimônio Cultural”, acrescenta.

A docente da Unit destaca a importância da preservação, por respeito ao passado e à história de quem o produziu. “Considerando que Patrimônio Cultural é o produto da ação consciente e criativa dos homens sobre o meio ambiente, seja material (objetos, artefatos, construções) ou imaterial (ideias, doutrinas, modos de fazer e viver), precisamos preservar, tendo em vista o conhecimento e a evolução que se dão pela soma das conquistas, pois só assim o mundo evolui”, enfatiza. 

“Dentro desse vasto universo, escolhemos preservar uma parte que possibilite a nós e aos nossos descendentes conhecer, interpretar e apropriar-nos do que já foi produzido. Dessa forma, qualquer indivíduo pode solicitar aos órgãos competentes proteção desses bens, através de ofício, que serão analisados, estudados e deferidos ou não”, complementa.

De acordo com Rosany, no caso de bens móveis e integrados, o tombamento é um instrumento de proteção que pode ser aplicado pelo poder público nas três esferas — Federal, Estadual e Municipal —, assim como pela Unesco, como Patrimônio da Humanidade. 

“Quando um bem é tombado, significa que seus valores foram reconhecidos através da sua importância histórica, artística, científica, arqueológica e paisagística, entre outras, devendo ser protegido de qualquer dano ou destruição para usufruto das gerações atuais e futuras.”

“Preservar e manter esses bens é atribuição do arquiteto e urbanista. Os futuros profissionais da Universidade Tiradentes compreendem bem a importância da preservação do patrimônio cultural, com plena consciência da multidisciplinaridade e da necessidade de envolvimento da sociedade nas decisões referentes às intervenções no patrimônio cultural”, salienta a professora. 

Entre as disciplinas ofertadas no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unit estão Técnicas Retrospectivas I e II, além de projetos de extensão e Trabalhos de Conclusão de Curso. “Temos produzidos bons trabalhos na área do patrimônio edificado também para o Centro de Aracaju, como os projetos de revitalização dos Edifícios Walter Franco e São Carlos, o projeto de Revit do Edifício Bela Vista, antigo Danusa, as propostas de restauro do conjunto arquitetônico e urbanístico da antiga Rua da Aurora e de recuperação das fachadas do conjunto arquitetônico da Rua João Pessoa, além do inventário da Arquitetura Eclética do Bairro Centro de Aracaju e do mapeamento da Evolução da Paisagem de Aracaju através da fotografia”, finaliza. 

Confira também: Arquitetura de restauração mantém traços do passado no presente.

 

 

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