Cada vez mais comum entre os praticantes de exercícios físicos, o Pilates é um método de tratamento idealizado em 1900 que começou sua aplicabilidade em soldados acamados. Com uma técnica que apresenta seis princípios básicos, seu método foi difundido e se tornou bastante popular nos últimos anos. Porém, muitas pessoas pensam que os exercícios do Pilates podem substituir a fisioterapia convencional em caso de necessidade médica.
A professora do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes, Giulliani Brasileiro, explica que a Fisioterapia é uma ciência biológica, que visa diagnosticar, prevenir e tratar disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas, englobando diversas áreas de atuação. Nesse caso, o método do Pilates pode ser utilizado como uma técnica da Fisioterapia, mas sem substituir os tratamentos indicados pelo fisioterapeuta.
Utilizando a concentração, centralização, precisão, respiração, controle e fluidez, o Pilates não possui uma contraindicação absoluta. ”Existem apenas ressalvas da individualidade de cada paciente, mas cabe ao fisioterapeuta diagnosticar e encaminhar para o melhor tratamento. Como, por exemplo, as gestantes só devem fazer após a liberação do médico e os idosos devem respeitar a limitação e a patologia de base para execução dos exercícios”, reitera.
Caso um paciente fisioterápico busque começar uma atividade física como o Pilates, é indicado esperar um encaminhamento que indique qual o melhor método se enquadra na pós reabilitação a fim de visar uma melhor qualidade de vida ao indivíduo. “ O pilates é sempre muito bem indicado tanto pela aceitabilidade quanto pelo custo benefício para o paciente”, complementa Giulliani.
Lembrando que os Fisioterapeutas e profissionais de Educação Física são os únicos habilitados em serem instrutores de Pilates, pois contam com conhecimentos específicos para garantir a segurança do aluno. Quem deseja seguir carreira na área clínica do Pilates, deve buscar a formação em Fisioterapia com especialização na modalidade.
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