Nomofobia é o termo que se refere ao medo irracional de ficar sem usar o celular, seja por falta de sinal, carga de bateria ou pacote de dados. A palavra deriva da expressão inglesa “no mobile phone phobia” e tomou uma proporção maior pelo uso excessivo de redes sociais. O apagão das redes sociais no início de outubro mostrou essa excessiva dependência.
A professora do curso de Comunicação Social da Universidade Tiradentes (Unit), Pollyana Bittencourt, alertou para a sujeição às plataformas digitais. “Um apagão das redes sociais reforça algo que já sabíamos: a extrema dependência tecnológica. Ela fica ainda maior porque as redes sociais nos dão o que a sociedade atual exige: velocidade da informação e ubiquidade”, disse.
Segundo Pollyana, a comunicação feita por meio da internet não é só mais uma maneira de se comunicar, pois confere poderes ao indivíduo que a utiliza. “Esse ambiente tem características bem específicas que moldam tanto a comunicação digital que às vezes pensamos que se trata de algo extremamente novo. A conexão e a popularização dos smartphones nos dão a sensação de onipresença e espaço democrático. ‘Falo o que quero nas minhas redes’ e ‘leio o que quero’. Isso leva a um maior alcance na comunicação”, explicou a professora.
Com isso, ela ressalta a necessidade de o indivíduo se resguardar. “Precisamos ter cuidado. Se você sentiu muito desconforto por não poder acessar as redes, é importante rever, porque pode ser vício. O apagão nos ensinou que precisamos estudar melhor essa dependência, concentrar menos negócios e informações nessas plataformas, além de estarmos atentos a algumas estratégias. Uma boa forma para controlar o uso das redes é baixar aplicativos que limitam o tempo de uso das redes sociais”, indicou Pollyana.
Por meio desses aplicativos, o usuário cria temporizadores ou limita o número de programas que pode abrir durante um determinado período.
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