Anúncios publicitários ainda são uma das principais fontes de financiamento da televisão, veículo de comunicação e entretenimento com cobertura em todo o país e presente em mais de 90% dos lares brasileiros. A televisão ainda recebe boa parte dos investimentos publicitários, que em sua totalidade de mídias movimentou mais de R$ 11,2 bilhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com análise da Kantar IBOPE Media.
Este valor é apenas 1,2% menor do que no mesmo período do ano passado, considerando os mesmos meios e canais em ambos os períodos, o que se deve ao impacto da pandemia em setores importantes para o segmento. Apesar do ambiente de mídia atual cada vez mais fragmentado, com forte participação da internet e a reinvenção do rádio, a telinha ainda dita moda, comportamentos e gera muito conteúdo para Twitter, Youtube, Instagram e outras plataformas de mídia digital.
Em 21 de novembro, se marca o Dia Mundial da TV, instituído em 1996 pela Organização das Nações Unidas (ONU), quando aconteceu o primeiro Fórum Mundial de Televisão. Já no Brasil, se comemora a existência da televisão em 11 de agosto, o que se instituiu em 1958, quando o Papa Pio XII declarou Santa Clara de Assis como sua padroeira. O calendário registrou uma mudança nos anos 1990, quando uma lei criou o Dia Nacional da Televisão em 18 de setembro, referência à primeira transmissão televisiva no Brasil, que foi a inauguração da TV Tupi de São Paulo, hoje extinta.
Seja qual for a data, os brasileiros vão estar na frente da tela para assistir. Já são mais de 70 anos de presença da TV no país, que recebeu ao longo de sua história a influência da publicidade e da propaganda, não apenas nos comerciais como na escolha dos anúncios produzidos para o seu formato, programação e públicos. Além dos intervalos das programações, a publicidade entrou nos programas (em formas como o merchandising) e interagiu com personagens, sempre acompanhando a evolução do veículo e do gosto do público.
Mudanças na telinha
As novas tecnologias transformaram as funções e status dos meios de comunicação tradicionais como a televisão, mas ela ainda mantém sua força e influência, pois as pessoas querem conteúdo, onde quer que ele esteja. A publicidade e os publicitários ao longo da história vão se adaptando aos novos formatos de mídias sempre que necessário.
Hoje em dia, com os novos dispositivos de vídeo, como celulares e tablets, os conteúdos audiovisuais também precisam ser pensados para cada um deles em sua especificidade. Não funciona apenas transmitir o mesmo filmete da TV para os outros formatos de telas. A relação do consumidor que está de forma mais passiva assistindo um anúncio de 30 segundos pela televisão é diferente.
O comportamento diferenciado do público em cada um destes veículos demonstra o valor do conteúdo e da publicidade, exigindo dos profissionais o conhecimento específico para que entreguem campanhas mais eficazes e alcancem os melhores resultados em cada um deles.
Conhecer o público
O publicitário estuda esse público, pois ele deve ter a capacidade de criar ideias originais que depois se adaptam às características de cada mídia. A migração da verba publicitária da televisão para a internet acompanha o movimento do próprio público e as campanhas não são mais criadas de forma isolada dessa realidade. Cada veículo se comporta de um modo e os publicitários precisam pensar neles e na forma como os consumidores se relacionam com estas diferenças.
O conhecimento da audiência das emissoras, em seus diferentes canais e formatos (aberto ou por assinatura) sempre foi e ainda é algo de grande importância para o meio publicitário. É o que determina os investimentos publicitários e permite que agências e marcas conheçam melhor o comportamento das pessoas. Isso vale não apenas para a televisão, como também para o rádio, cinema e internet. Conhecer o público é uma preocupação do profissional, que pensa em quem vai receber a mensagem quando posta na televisão, pois a publicidade está intimamente ligada ao seu contexto sócio-histórico.
Asscom | Grupo Tiradentes