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Pandemia: o isolamento da orfandade e o distanciamento do núcleo familiar

A estimativa de órfãos no Brasil atinge pouco mais de 168 mil crianças e/ou jovens desde o início da pandemia, em 2020.

às 19h29
Imagem: Freepik
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Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma nova pandemia no mundo: o surto de covid19, ocasionada pelo novo coronavírus. Dezenove meses depois, os números não indicam apenas a mortalidade causada pela doença, mas também da quantidade de crianças e/ou jovens que perderam pai ou mãe neste período.

No Brasil, a estimativa de órfãos é de mais de 168 mil crianças e/ou jovens. O número de pessoas nestas fases da vida que perderam algum parente de primeiro grau é ainda maior: entre 194 a 200 mil. E as que perderam parentes primários e/ou secundários batem a marca de 282 a 800 mil.

A gravidade do caso já é considerada como uma crise familiar sem precedentes em décadas. Por isso, o Governo Federal criou o Projeto de Lei 1305/21, que estabelece uma pensão individual e mensal para esse público até a maioridade. Em Sergipe, o Governo do Estado sancionou a Lei 8.910/21 para a criação do Cartão Mais Inclusão – CMais Sergipe Acolhe.

De acordo com a assistente social e mestra em Sociologia, Kátia Maria Araújo Souza, coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial da Unit (NAPPS), a perda de dos provedores da família geral problemas financeiros, emocionais e sociais, por isso as medidas de apoio são importantes para este grupo.

“Suporte financeiro é importante, necessário e imprescindível, porém o suporte psicológico e em alguns casos psiquiátrico tanto para os órfãos como para os familiares devem ser ofertados, pois as consequências para a saúde mental têm sido significativas e os transtornos, se não devidamente cuidados, podem ter consequências desastrosas”, disse.

A sociedade também pode contribuir com o acolhimento destes órfãos e outras pessoas que perderam familiares e amigos para a doença. “A sociedade precisa sair do discurso para a ação. Acolher, encaminhar aos serviços públicos ou privados e exigir que esses serviços sejam ofertados, mas também serem sensíveis às escutas. Exercer a empatia, o se colocar no lugar do outro, isso não significa que tenho que viver o sofrimento do outro, mas entender e ter uma palavra de conforto. É isso que nos faz humanos”, enfatizou a assistente social.

 

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