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Calcinhas descartáveis: Vale a pena investir nas peças?

Assunto discutido em reality show, trouxe o tema das calcinhas descartáveis para a vida real. Ginecologista explica vantagens e desvantagens

às 15h21
Dra. Marina Nogueira
Dra. Marina Nogueira
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Em alta por conta da declaração da participante do reality Big Brother Brasil, as calcinhas descartáveis geram polêmica entre ambientalistas e defensores do utensílio ainda não tão conhecido entre o público em geral. A blogueira Jade Picon revelou durante conversa no programa ter optado por usar a roupa íntima descartável durante o confinamento, fez as buscas na internet dispararem e também trouxe à tona o debate sobre a sustentabilidade dessa escolha. Mas afinal, será que as peças podem fazer mal à saúde?

Na internet, o preço dos pacotes de calcinhas descartáveis varia quanto ao material, que pode ser algodão, TNT, poliéster, polipropileno, e a quantidade. Um conjunto com 12 unidades vai de R$ 29 a R$ 150. De acordo com especialistas, a mais utilizada é feita de TNT. Fina e maleável, ela também é usada em hospitais para cirurgias e não sustentam lavagem. 

De acordo com Marina Nogueira, médica ginecologista e professora do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, as calcinhas não são diretamente prejudiciais à mulher, porém não há indicação médica para ser usada diariamente, pois, o uso de calcinhas de fibras sintéticas e de material plástico reduz a troca de oxigênio da região íntima.

“A vantagem de usar essas peças é a comodidade de não ter que lavá-las em algumas situações, evitar manchar durante a menstruação ou no uso em alguns procedimentos estéticos ou contaminação no uso hospitalar. Quanto às desvantagens, por se tratar de um material que vai para o lixo, e precisa ser utilizado diariamente, temos que reforçar o impacto ambiental  que este produto descartável pode ocasionar e levar em conta a produção de lixo desnecessária”, explica. 

O uso de calcinhas descartáveis, porém, é ideal para momentos específicos como em SPA, viagens e durante a menstruação. Além disso, existem modelos maiores com uma parte absorvente que podem ser utilizadas também por pessoas com incontinência urinária, pós-cirurgia e pós-parto. A ginecologista relata ainda que o uso constante de calcinhas descartáveis pode gerar dermatites (irritação na pele da genitália), alteração do pH vaginal, levando a ocorrência de vulvovaginites como candidíase e vaginose bacteriana. 

“Devemos sempre procurar calcinhas de algodão que favorecem a oxigenação da genitália, evitar colocá-las de molho e usar sempre sabão neutro. Também é importante evitar absorventes diários e sabonetes íntimos. Existem diversas opções para substituir as calcinhas tradicionais como calcinhas absorventes, coletores menstruais e absorventes reutilizáveis. Sejamos práticos, porém, evitando materiais descartáveis pelo bem do meio ambiente”, alerta.

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