A gamificação é uma metodologia ativa utilizada para o desenvolvimento de habilidades. A partir do uso de tecnologias, o professor propõe atividades utilizando recursos digitais que mobilizem o engajamento, iniciativa, comprometimento, autonomia e trabalho em equipe dos seus alunos. Além disso, tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes, gerando mais participação dos estudantes e interação social.
A assessora do Programa de Gestão de Aprendizagem e membro do Núcleo de Desenvolvimento Docente da Universidade Tiradentes (Unit), Ana Cláudia Mota, explica o modelo. “A gamificação tem em sua essência o uso de recursos digitais, de várias plataformas e de aplicativos. O professor tem um saber que precisa ser mobilizado ao final da aula e da disciplina, então, vai mapear objetivos, saberes e competências a serem desenvolvidas, e aplicar essa metodologia”, disse.
Quando ingressam na universidade, os estudantes demonstram pouca afinidade com a tecnologia voltada para a aprendizagem. “Temos observado que nossos alunos têm usado a tecnologia para distração, passatempo, e não como estratégia de aprendizagem. A gamificação é interessante justamente porque trabalha com algo que já faz parte do universo deles, mas não com uma perspectiva de passamento e sim de aprendizagem, visão de mundo”, afirmou Ana Cláudia.
Para a professora, as aulas gamificadas ajudam a romper uma estrutura de ensino ultrapassada, mas que não é um processo fácil. “A gente ensina como se fosse há 300, 200 anos, quando a família chegou aqui no Brasil. Em 1888, eram salas com cadeiras enfileiradas e o professor ali na frente. Esse modelo a gente ainda reproduz, mesmo usando metodologia antiga. Por isso, o letramento digital é algo fundamental e indispensável. A gente não consegue viver atualmente em sociedade, seja professor, aluno ou profissional sem ter autonomia ao uso de ferramentas digitais”, concluiu.
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