Desde o advento da internet, o consumo de produtos digitais têm aumentado. Com isso, o mercado do Design Gráfico também está movimentado com oportunidades e poucos profissionais capacitados para a atuação. Para quem ainda não pensou em seguir a área, especialistas indicam o que é preciso para se inserir nesse mercado.
De acordo com o professor de design gráfico da Universidade Tiradentes (Unit), Igor Libertador, os produtos digitais também são conhecidos como infoprodutos. “Os produtos digitais são materiais e conteúdos criados, distribuídos e consumidos de maneira digital, ou seja, por meio de smartphones, tablets, televisão… são feitos especificamente para serem consumidos por meio de uma tela digital”, explica.
A área não é tão nova quanto se possa imaginar, mas ocorreu uma expansão nos últimos anos. “A internet chegou no Brasil em 1995 e vem crescendo exponencialmente. Com a pandemia, houve um crescimento muito grande da necessidade de produtos digitais. Então, grandes startups e empresas que antes estavam trabalhando presencialmente tiveram que migrar para o meio digital e com isso houve uma necessidade de profissionais capacitados para desenvolver produtos que atendessem a demanda naquele contexto”, acrescenta.
Um dos elementos mais importantes do consumo de produtos digitais é a interação com o usuário. “Para isso, é preciso uma interface digital que permita essa interação. Então, não é somente desenvolvimento de um produto final, mas também a interação do meio”, ressalta o professor.
Atualmente, a maioria das empresas não exige curso superior ou especialização para atuar na área. No entanto, o professor orienta que fazer uma graduação e se qualificar. “Ser formado e ter alguma especialização na área é um diferencial e assim, o potencial de entrar no mercado é grande”, afirma.
“Para o design gráfico, o mercado está muito bom. Há muitas vagas disponíveis no mercado para profissionais que dominam essa área. Tanto que está havendo uma migração, uma recolocação de profissionais de outras áreas para a criação de interfaces digitais”, disse Libertador.
Segundo o professor, esse mercado requer do profissional habilidades e competências específicas. “Primeiramente, o perfil desse profissional é que ele já seja digital, grande consumidor desses produtos para que entenda quais são as necessidades. Outra coisa é entender metodologias que estão vinculadas aos projetos de desenvolvimento de produtos digitais, como ergonomia; resiliência, se renovando a cada momento; persistência, capacidade de comunicação, além das hard skills, que diz respeitos a capacidade técnica, domínio de determinados softwares”, conclui.
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