As transformações provocadas pela pandemia de Covid-19 afetaram a população de forma geral. Medidas de isolamento social e protocolos de biossegurança, por exemplo, provocaram mudanças na saúde física, emocional e psicológica das pessoas. Dados de um resumo científico foram divulgados recentemente pela Organização Mundial de Saúde, destacando o impacto da pandemia para a população em todo o mundo. De acordo com a OMS, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%.
Entre os fatores para a elevação do índice está o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social, além de restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, busca de apoio de pessoas próximas e envolvimento em suas comunidades. A Organização Mundial de Saúde enfatiza ainda que a solidão, o medo de se infectar, sofrimento e morte de entes queridos, luto e preocupações financeiras também foram fatores estressores que levaram à ansiedade e à depressão. Já os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um importante gatilho para o pensamento suicida.
A publicação mostrou que a pandemia afetou a saúde mental de jovens, que correm um risco desproporcional de comportamentos suicidas e automutilação e também indica que as mulheres foram mais severamente impactadas do que os homens. Além disso, pessoas com condições de saúde física pré-existentes, como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais.
No Brasil, dados colhidos pela Universidade de São Paulo (USP) mostram que o país tem liderado o ranking de países que apresentam mais casos de ansiedade e depressão na pandemia do novo coronavírus, com índices de 63% e 59%, respectivamente.
Veja também: Napps da Unit conta com atendimentos voltados à psiquiatria
Com informações da Organização Mundial de Saúde