Nos anos de 2015 e 2019, mais de 500 mil educadores se formaram no Brasil em cursos à distância. E em 2019 foi a primeira vez que o número de professores e pedagogos formados no ensino a distância (EAD) ultrapassou a quantidade de profissionais formados em cursos presenciais, segundo informações da Agência Brasil.
Com a chegada da pandemia, alunos e professores do ensino superior tiveram que se adaptar rapidamente à nova realidade, visto que, a única forma de continuar estudando seria através do ambiente virtual. Acontece que com o grande investimento em tecnologias, esse formato passou a ser a primeira opção de muitos, mesmo depois do isolamento social.
A coordenadora operacional do curso de Pedagogia da Universidade Tiradentes (Unit), Catharine Prata, diz que não há muita diferença no quesito superioridade na formação do profissional formado pelo presencial para o profissional formado pelo EAD, já que, para além da modalidade de ensino, a qualidade da formação depende de vários fatores. Dentre esses fatores estão: estrutura física e pedagógica da instituição de ensino, perfil dos educandos e até mesmo o cenário sociocultural.
“Sendo assim, podemos afirmar que a modalidade a distância apresenta atualmente um potente campo teórico que possibilita o exercício da docência de forma responsável e condizente com a educação contemporânea que preza pela práxis educacional para além da sala de aula tradicional”, afirma.
O processo avaliativo do docente que atua na educação a distância deve atender aos seguintes parâmetros: habilidade com o uso das tecnologias, domínio das estratégias que prezam pela aprendizagem ativa, capacidade de desenvolver material pedagógico que coadune com a proposta da Educação a Distância, olhar amplo e criativo para identificar as diferentes necessidades dos seus alunos.
“Nosso egresso sairá pronto para lecionar na modalidade presencial e a distância. O pedagogo constrói sua identidade profissional a partir das suas vivências didáticas e pedagógicas. Durante nosso processo formativo, apresentamos aos alunos um leque de possibilidades, prezamos sempre pela construção de profissionalidades autônomas e singulares”, diz a coordenadora.
Catharine ainda ressalta que é a constante evolução tecnológica que inspira contínua formação. Ou seja, o educador formado pelo EAD tem esse diferencial. “O mais importante é a vontade de aprender e desenvolver sua própria rotina de estudos. Na educação a distância o aluno tem a flexibilidade que precisa para cumprir com as atividades propostas pelo curso desejado, tudo isso com qualidade de ensino”, reitera.
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