A Enfermagem representa uma das maiores forças de trabalho na área de saúde do Brasil. Os enfermeiros e enfermeiras estão inseridos em grande parte do processo de atendimento aos pacientes nas unidades de saúde e na assistência domiciliar, atuando desde o atendimento na atenção primária até a assistência de maior complexidade. Um setor que chama a atenção dos profissionais está na atenção primária, que é o serviço de Urgência e Emergência.
A egressa do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit) e especialista em UTI, Urgência e Emergência, Irla Karoline Nunes, explica como é a formação de um enfermeiro. “A grade curricular da graduação prepara o estudante para trabalhar nas mais diversas áreas de atuação da profissão. Dessa maneira, amplia as possibilidades de ingresso no mercado de trabalho. Porém, o processo de formação do profissional de saúde tem que ser contínuo. A todo momento novos protocolos de atendimento surgem e devemos buscar sempre nos manter atualizados para oferecer uma assistência segura e de qualidade aos nossos pacientes”, diz.
“Existem desde cursos de pós-graduação lato sensu em urgência e emergência até cursos de treinamento específico na área como, por exemplo, o de Suporte Básico de Vida (BLS), Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma (PHTLS) e Atendimento ao Trauma para Enfermeiros (ATCN) que são treinamentos avançados com direcionamento para o paciente grave. O que não podemos perder de vista quanto mais qualificado melhor será o atendimento disponibilizado para o paciente”, destaca.
O profissional de Enfermagem que atua na urgência e emergência tem um vasto campo de atuação. “Nós somos membros de uma equipe essencial na prestação do cuidado ao paciente grave desde o ambiente pré-hospitalar até o intra-hospitalar e na continuidade da assistência do paciente em terapia intensiva. De forma geral podemos dizer que atuamos na assistência direta ao paciente crítico, no planejamento, na organização, na coordenação, na execução e na avaliação do serviço prestado, na supervisão da equipe de enfermagem. Atuamos junto à equipe multidisciplinar”, afirma.
Irla Karoline, que é supervisora de enfermagem do Hospital Primavera, explica a diferença entre o atendimento de urgência e emergência. “Tudo depende do risco que o paciente apresenta. Nas situações de emergência, o paciente apresenta risco iminente de morte, ou seja, ele necessita de um atendimento imediato. Já nas situações de urgência o paciente pode ou não apresentar risco potencial à vida”, relata.
“Na urgência e na emergência é preciso um atendimento rápido, no entanto, proporcional a sua gravidade, sendo as situações de emergência mais graves que as de urgência. O profissional enfermeiro precisa estar apto a reconhecer e classificar de forma correta essas duas situações para que os pacientes tenham um atendimento rápido e seguro”, completa a supervisora.
A enfermeira reforça a valorização do profissional e destaca a atuação durante a pandemia. “Costumo dizer que sem enfermagem não há saúde. Com a pandemia da COVID-19 a sociedade pôde acompanhar o que já fazemos desde sempre, puderam ver profissionais abnegados que estão diuturnamente ao lado dos pacientes prestando o cuidado que é a nossa principal ferramenta de trabalho. O papel da enfermagem é de suma importância para a garantia de um atendimento integral, humano, baseado na ciência e voltado para atender e acolher as necessidades de sociedade”, ressalta.
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