No mês de maio foi realizado o Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular (CBESP), para a apresentação da Carta de Florianópolis que consiste nas dez propostas para o desenvolvimento do ensino superior brasileiro com o tema Criatividade e Inovação na construção da educação superior pós-pandemia. Essas propostas visam o crescimento, a qualidade, a inovação e o incentivo de parcerias entre os setores público e privado.
Os pontos da carta trouxeram alguns elementos para a reflexão e o debate crítico acerca do ensino superior em geral, incluindo a modalidade de Educação a Distância (EAD), sem perder de vista a necessidade de formar pessoas para atender às diversas demandas de um mercado de trabalho complexo, dinâmico, cada vez mais tecnológico e altamente volátil, segundo o diretor de operações acadêmicas do Grupo Tiradentes, Marcos Wandir Nery que também pontua como a pandemia acelerou os processos educacionais que já estavam em curso.
“O interesse das pessoas por uma qualificação formal impulsiona as instituições de ensino a: ampliar seu portfólio de cursos, em diferentes modalidades, com o uso de metodologias ativas e disciplinas híbridas; promover a formação continuada de seus professores; utilizar ou mesmo desenvolver de forma compartilhada a tecnologia necessária; e inovar seus modelos de negócios”, diz o diretor.
Ainda de acordo com Marcos, as instituições precisaram integrar o uso de ferramentas para atender as demandas por uma formação de nível superior. “Esse processo que inicia na captação de futuros alunos, uma comunicação eficiente e significativa com os interessados e os estudantes, uma plataforma de gestão acadêmica que atende as demandas financeira, administrativa, pedagógica e de oportunidades até o egresso, como também o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), as bibliotecas virtuais e os percursos formativos, tendo que vislumbrar oportunidades em um ambiente fortemente regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC)”, contempla.
O diretor ainda diz que o trabalho cooperativo para formar parcerias baseadas nas trocas acadêmicas, no ganha- ganha, em redes colaborativas e focada nos serviços comuns, vão consolidar arranjos vantajosos para minimizar custos e maximizar receitas, com os diferenciais oferecidos por cada instituição. “Não devem ter fronteiras definidas, pois as articulações podem ser regionais, nacionais ou internacionais, quando o importante é alcançar a qualidade acadêmica com a garantia de sustentabilidade”, finaliza.
Os 10 pontos abordados na carta:
- Modernizar o marco regulatório da avaliação e da supervisão
- Criar um novo modelo de financiamento estudantil
- Ampliar o ProUni e reabrir o ProIES
- Oferecer linhas de financiamento para estímulo à inovação nas IES
- Aprovar uma reforma tributária justa para a educação
- Desenvolver mecanismos de integração da educação superior com a educação básica
- Revisar a legislação da educação brasileira para contemplar as metodologias híbridas
- Integrar as IES ao mundo do trabalho
- Ampliar a participação das IES privadas nos conselhos de órgãos de governo
- Estimular a internacionalização da educação superior particular
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