Estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit) realizaram nesta terça-feira, 27, a ‘caminhada Setembro Amarelo: um passo de cada vez, todo pela vida’, no campus Farolândia. O evento é uma iniciativa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde Mental (LAESM) e contou com a participação de 11 ligas acadêmicas, cinco projetos de extensão e professores do curso.
De acordo com o preceptor de estágio e presidente da LAESM, professor doutorando Reinaldo Viana, o objetivo da caminhada é disseminar mais informações sobre o mês Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio. “Estamos conscientizando contra o suicídio, principalmente no meio acadêmico, mostrando que eles [os alunos] não estão sozinhos. Muitos acabam sofrendo sozinhos, pois não querem compartilhar a dor que sentem com os colegas ou professores, então, queremos mostrar que a unidade tem esse aporte psicológico”, diz.
“Como LAESM é uma liga sobre saúde mental, além desses eventos especialmente agora em setembro, também promovemos eventos durante todos os meses. São aulas abertas, palestras, seminários etc. Assim vamos mostrando como as questões relativas à saúde mental vêm sendo trabalhadas nos últimos anos, principalmente, com a pandemia. A LAESM têm esse papel de acolher o aluno, tirando alguns tabus que a sociedade impõe sobre a saúde mental”, explica o professor.
Abraços grátis
Por conta das restrições exigidas pela pandemia de covid19, muita gente deixou de se abraçar. Apesar de ser um ato simples e corriqueiro, a falta dele tem consequências diretas na saúde física e mental do indivíduo. “O abraço é uma forma de acolhimento, mas também de aconchego. Às vezes, não precisamos dar uma palavra de conforto e sim ter uma ação de conforto. Um abraço dá carinho, calor e estreita relações. Com um abraço, podemos mudar a vida de alguém”, afirma.
Um abraço ajuda a relaxar os músculos, aumenta os níveis de oxitocina, equilibra o sistema nervoso, alivia os medos, diminui o estresse e fortalece o sistema imunológico. Por isso, durante a caminhada, os estudantes ofereceram abraços grátis por onde passavam. “Muitas pessoas têm passado por momentos difíceis com a pandemia, com as correrias da vida, principalmente no mundo acadêmico. É muito difícil cumprirmos tantas tarefas, então o abraço é um conforto, um alívio para as pessoas que precisam”, acredita a estudante do 9º período de enfermagem, Ellen Julianny.
Estoure a sua dor
Outro meio que os estudantes encontraram para ajudar as pessoas foi o ‘estoure a sua dor’. Representada por um balão branco, a dor é liberada depois que elas estouraram o balão. “É importante a pessoa expressar seus sentimentos, principalmente, em razão do suicídio. Às vezes as pessoas escondem um pouco. Muitas vezes porque a pessoa está com sua dor reprimida. Essa iniciativa é um meio dela liberar, de expressar o que ele está sentindo. Então, foi uma maneira que encontramos para que a pessoa pudesse se expressar e estourar um sentimento ruim que está magoando”, conta a aluna do 8º período do curso, Luciana Araujo.
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