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Dificuldade de aprendizagem: o que é e como superá-la

Para identificar se um aluno está com dificuldade de aprendizagem, é preciso observar para saber se não é uma falta de interesse momentânea

às 13h19
Para superar as dificuldades de aprendizagem, é importante que o professor consiga acolhê-las e observar o comportamento do aluno (RODNAE Productions/Pexels)
Para superar as dificuldades de aprendizagem, é importante que o professor consiga acolhê-las e observar o comportamento do aluno (RODNAE Productions/Pexels)
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O ambiente escolar é um lugar que permeia grande parte da vida das pessoas, desde a infância até a vida adulta. Porém, nem sempre as experiências vividas no ambiente são positivas, principalmente se há alguma dificuldade de aprendizagem por parte do aluno. Nesses casos, é importante que todos os envolvidos no processo educativo tenham um olhar atento aos alunos com dificuldades de aprendizagem.

É fundamental ter atenção para identificar se é uma dificuldade passageira, própria do processo ensino-aprendizagem, ou se é algum distúrbio que precisa de acompanhamento e tratamento. A coordenadora operacional do curso de Pedagogia da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), professora-doutora Catharine Prata Seixas, explica que diante dos processos de aquisição da leitura e escrita, por exemplo, sempre temos alunos que apresentam facilidades e outras dificuldades de aprendizagem.

“A dificuldade é passageira, faz parte do processo de aprendizagem, o distúrbio por sua vez, é persistente e necessita de acompanhamento especializado. Existem dificuldades de leitura, escrita, raciocínio lógico, essas mesmas dificuldades quando acontecem de forma contínua e sistematizada recebem outras nomenclaturas, por exemplo, distúrbio específico da leitura e da escrita, dislexia; distúrbios de aprendizado das habilidades matemáticas, discalculia”, explica.

A falta de atenção e de interesse na participação na aula e na realização das atividades demandadas pela escola, pode ser um indício que o aluno apresenta dificuldades de aprendizado. “Quando o aluno não interage com os demais colegas pode ser por um traço de personalidade, timidez ou pode ser por uma dificuldade de acompanhar os conteúdos esperados para a faixa etária dele. É necessário que o professor perceba se este ‘desinteresse’ afeta a vida do aluno para além da escola”, salienta a pedagoga.

Para a Dra. Catharine, o papel do professor é de acolher e observar este aluno, bem como a família. “O relatório docente, através da descrição minuciosa dos aspectos observáveis em sala de aula e nos momentos de interação com as outras crianças, oferece subsídios importantes para a equipe médica e formulação da hipótese diagnóstica. Além disso, os pais estão a maior parte do tempo com a criança, são os aliados em qualquer metodologia de ensino e aprendizagem. Sendo assim, é necessário ter um diálogo franco e ao mesmo tempo formativo, sensibilizar os pais para as necessidades específicas de cada criança”, orienta ela.

O ambiente familiar, a escola, os aspectos físicos e cognitivos da criança, se tem ou não acesso a tratamento terapêutico são alguns dos fatores que precisam ser observados.  “Cada caso pode indicar sua especificidade, há crianças que estimuladas precocemente conseguem desenvolver perfeitamente suas habilidades, mas há outras crianças que vão necessitar de um acompanhamento regular ano após ano”, afirma a coordenadora.

Tanto os pais quanto os profissionais que estão junto no processo de aprendizagem precisam ouvir o que a criança com dificuldade tem a dizer, sendo esse o passo mais importante. “Não adianta o profissional ter conhecimento técnico e não escutar a criança. Escutar o corpo agitado ou o corpo quieto demais nas aulas, os gestos nos comunicam que algo vai bem ou que precisamos mediar a situação. Diante de uma escuta atenta é importante traçar um plano de ensino individualizado para esta criança, independente se ela tem diagnóstico ou não”, assegura a dra. Catharine.

Naaps

Os Núcleos de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napps) atuam nas unidades de ensino mantidas pelo Grupo Tiradentes em Sergipe, Alagoas e Pernambuco, representando um diferencial na formação de profissionais preparados para atender as necessidades de mercado e para a população que usufrui dos seus serviços. 

“O Napps foi instituído pela Unit como forma de promover, de forma gratuita, acolhimento e suporte aos alunos e colaboradores da instituição com deficiências, síndromes, transtornos de aprendizagem, etc., ou que vivenciam situações de conflito que interferem no processo de aprendizagem e/ou nas relações sociais e comunitárias”, destaca a coordenadora.

Asscom | Grupo Tiradentes

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