Após um longo caminho para tornar a Universidade Tiradentes (Unit) a primeira instituição de ensino superior particular a ser avaliada por critérios internacionais, o educador e escritor Mozart Neves Ramos se despede do Conselho de Administração do Grupo Tiradentes. Para encerrar este ciclo de mais de 11 anos, nesta segunda-feira, 25, ele ministrou a palestra ‘O Diálogo do Ensino Superior com o Ensino Médio: Construindo um Novo Enem’.
“O professor Mozart é um educador de uma qualificação sem limites. Basta dizer que ele chegou a ser reitor da Universidade Federal de Pernambuco com uma qualidade incrível e membro do Conselho Nacional de Educação. Então, é um cidadão que vive 24h a Educação. Para nós, ele é uma referência. Agradecemos ao Mozart por tamanha contribuição, ao tempo em que deixamos as portas abertas para recebê-lo sempre”, diz o reitor da Unit, professor Jouberto Uchôa de Mendonça.
Para o vice-reitor da Unit, Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior, não é possível deixar de falar da importância das contribuições do educador para a universidade ao longo dos anos. “Foram diversas provocações que foram feitas ao longo do tempo, extremamente ricas e importantes, e fizeram com que a gente chegasse à condição que nós temos hoje. Somos a única universidade sergipana, e tenho certeza que uma das poucas particulares do país, com três programas stricto sensu nota 6”, expressa.
“A internacionalização: se a Universidade Tiradentes está em Boston, com um ponto de presença de pesquisa; se temos um programa de carreira e empregabilidade muito forte, foi fruto das provocações do professor Mozart. Eu posso dizer que, junto comigo, o professor Mozart é um grande defensor da Academia. Nos empenhamos muito, apoiamos, mas sempre debatemos intelectualmente, e aqui estamos, sobrevivemos ao longo desses anos todos”, comemora o vice-reitor.
O educador e escritor Mozart Neves Ramos avalia o tempo de contribuição e resultados alcançados como membro do Conselho de Administração do Grupo Tiradentes. “Foi um lugar que eu aprendi muito. Acho que aprendi mais do que ensinei, mas com o tempo que a gente construiu uma nova Universidade Tiradentes, um novo Grupo Tiradentes, principalmente no campo da internacionalização, no campo de um currículo muito mais afinado com as novas competências que estão vinculadas ao cenário do século XXI”, afirma.
“Foi um período em que a gente construiu processos de acesso à universidade, mas também questões vinculadas à empregabilidade, à função social da própria universidade, através da extensão, que é o grande articulador do trabalho, do conhecimento acadêmico com as necessidades sociais”, acrescenta Mozart.
Novo Enem
O principal ponto abordado pelo educador foi a mudança no Enem, que impactará no Ensino Superior, dando mais flexibilidade na formação dos estudantes, pensando em uma escola integral e se articulando com o mercado de trabalho. “Esse é o novo Enem, então, é preciso estar atento a essa mudança que está acontecendo no Ensino Médio para que essa articulação entre os dois níveis de ensino, que faça de maneira articulada. Dentro deste contexto, o Enem assumiu uma nova roupagem, não pode ser um Enem que traduz conteúdos a pensar, como eram os antigos vestibulares. Hoje, é preciso avaliar se os nossos alunos estão desenvolvendo as competências não só no aspecto cognitivo, mas também se ele é capaz de ter resiliência, criatividade e pensamento crítico”, conclui.
Leia mais: 4 formas de usar a sua nota do Enem