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Startup criada por egressos da Unit integra COP27

A startup sergipana Aqualuffa promove sustentabilidade e consumo consciente, oferecendo soluções para reduzir o impacto de mudanças climáticas.

às 11h58
O egresso do curso de Tecnologia de Petróleo e Gás, do doutorado em Engenharia de Processos, Denisson Santos.
O egresso do curso de Tecnologia de Petróleo e Gás, do doutorado em Engenharia de Processos, Denisson Santos.
A doutora em engenharia de processos, Mychelli Andrade Santos.
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A startup sergipana Aqualuffa, composta pelos egressos da Universidade Tiradentes (Unit), Denisson Santos e Mychelli Andrade Santos, foi convidada a integrar a 27ª Conferência do Clima da ONU (COP27), de 04 a 18 de novembro, no Egito. A empresa promove sustentabilidade e consumo consciente, oferecendo soluções para conviver com as mudanças climáticas e reduzir o impacto.

Na ocasião, o egresso do curso de Tecnologia de Petróleo e Gás, do doutorado em Engenharia de Processos da Unit, representou a startup, integrando a comitiva brasileira levada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e apresentou o painel intitulado de ‘Pesquisa e desenvolvimento no setor energético’, junto com a Empresa de Engenharia de Petróleo (Engepet).

Foram mais de 40 mil participantes de quase 200 países, o que fez da COP27 a maior em público da história, superando Glasgow e Paris. Pudemos ver as soluções e demandas de quase todos os países do planeta, entender a nossa posição como pesquisadores-empresários nesse cenário. O resultado da conferência não foi ideal, mas saímos com a criação do fundo de perdas e danos, tão longamente discutido. Foi uma experiência única”, diz.

Atualmente, Denisson é pesquisador no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e trabalha em um projeto relacionado ao petróleo financiado pela Galp, um grupo de empresas portuguesas do setor de energia. “Toda a evolução da sociedade ao longo dos anos se deu graças à construção e compartilhamento de conhecimento inovador, colocado a serviço da sociedade. Esse é o único caminho conhecido para que um país se solidifique socioeconomicamente.

Sobre a Aqualuffa

A Aqualuffa é uma empresa emergente que iniciou suas atividades por meio do Programa Centelha, da  Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), dentro do Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores em 2019. Foi selecionada entre 23 projetos. 

Foi fundada por mais duas sócias, a professora doutora Silvia Maria Egues Dariva e a doutora Mychelli Andrade Santos, e mais dois membros: Igor Bruno e Fábio Henrique. “Há muito tempo que eu queria usar uma esponja vegetal como suporte para catalisador. Na dissertação da Mychelli, sob a minha orientação, o tema principal foi o desenvolvimento deste material. Descobrimos que algumas amostras preparadas tinham a propriedade de absorver óleo e rejeitar a água. No doutorado, Mychelli decidiu se dedicar ainda mais ao tema e durante o doutoramento foi criada a startup”, conta Silvia.

“A proposta da Aqualuffa é descontaminar águas oleosas utilizando novos materiais sustentáveis alinhados com os ODSs [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] da ONU. O produto desenvolvido reúne duas funcionalidades: a descontaminação da água através da sorção do óleo e a degradação dos contaminantes oleosos por oxidação fotocatalítica. Tanto empresas produtoras e transportadoras de petróleo, quanto indústrias de materiais metálicos são potenciais clientes”, explica a doutora Mychelli Andrade Santos.

Para ela, a startup é um exemplo que se aplica à união do empreendedorismo e a educação. “A AquaLuffa é uma tecnologia desenvolvida na academia nos centros universitários que se tornou um negócio que poderá gerar impacto para nova economia. A educação potencializa os novos negócios, pois o conhecimento é a base sólida para que você veja os diferentes cenários e possa criar inovação. Infelizmente o Brasil é um dos países que têm um baixo índice de educação empreendedora”, lamenta.

 

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