No dia 6 de janeiro, a Igreja Católica celebra o dia de Santos Reis. A antiga celebração popular é uma herança da colonização portuguesa e relembra a visita dos magos provenientes do Oriente, que visitaram Jesus no presépio após serem conduzidos por uma estrela. Eles ofereceram ouro, incenso e mirra como presentes ao recém-nascido. Este fato é narrado pelo evangelista Mateus, no Capítulo 2, versículos 1-12.
No relato bíblico, São Mateus chama-os apenas de “Magos”. Porém, esta palavra tinha vários significados. Designava a origem geográfica de pessoas da Pérsia. Por isso, provavelmente, os magos eram daquele país. Designava também pessoas da realeza. Por isso, acredita-se que eles eram reis.
Por fim, ‘mago’ significava também o que chama-se hoje de ‘cientistas’, pois eles conheciam profundamente a matemática, a medicina, a astronomia – tanto que detectaram o aparecimento de uma nova estrela – a química e outras ciências já conhecidas na época. Tudo isso concorda com a tradição científica dos persas.
Folia de Santos Reis
Junto com a celebração litúrgica, as folias ou reisados enriquecem a comemoração do nascimento de Jesus e a sua manifestação entre os povos. As Folias de Reis são consideradas bens culturais imateriais da Igreja. O grupo da folia de reis é formado pelo mestre ou embaixador, o contramestre, os três reis magos, os palhaços, os alferes e os foliões.
Ocorrem desfiles pelas ruas dos grupos dedicados ao festejo. Eles usam fantasias coloridas, personificando figuras bíblicas; tocam músicas típicas com diversos instrumentos (violas, reco-reco, tambores, acordeões, sanfonas, pandeiros, gaitas, etc.) e dançam. As folias caminham de casa em casa, fazendas, vilas, bairros, convidando os fiéis a descobrirem a estrela da graça que leva a Deus como fizeram os Reis do Oriente.
*Com informações de Cruz Terra Santa e CNBB
Leia também: A origem do Natal segundo a fé cristã