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Autoridades reforçam alerta para cuidados contra mosquito da dengue

Ministério da Saúde aponta forte aumento de casos de dengue, chikungunya e zika; o alerta é para o acúmulo de água provocado pelas chuvas

às 12h01
O aedes aegypti utiliza locais e recipientes com água parada para depositar seus ovos e larvas, o que contribui para infestação da dengue e de outras doenças (Divulgação/Prefeitura de São Luís)
O aedes aegypti utiliza locais e recipientes com água parada para depositar seus ovos e larvas, o que contribui para infestação da dengue e de outras doenças (Divulgação/Prefeitura de São Luís)
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O aumento dos casos de dengue e de outras doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti volta a chamar a atenção das autoridades de saúde brasileiras. O alerta para uma volta do crescimento da infestação do mosquito foi soado com a chegada do verão e a ocorrência de chuvas mais fortes em praticamente todos os estados do país, mas com mais gravidade em muitas áreas das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. 

A preocupação das autoridades é com o acúmulo de águas em vasos, potes, garrafas, caixas d’água e outros recipientes. Estes locais, ao acumularem água, são potenciais criadouros do mosquito, que os escolhe para depositar seus ovos, e devem ser eliminados, seja lavando o recipiente, colocando areia ou simplesmente jogando-o adequadamente no lixo. É importante também que as pessoas coloquem telas em janelas e deixem os recipientes de lixo bem tampados. 

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente emitido pelo Ministério da Saúde, mais de 1,45 milhão de pacientes contraíram dengue em todo o ano de 2022. O total representa um aumento de 162,5% em relação ao mesmo período de 2021, mas uma queda de 6,2% se comparado a 2019. 

Desse total, 1.473 foram da chamada dengue grave e 18.145 tiveram sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos constantes, sangramentos, etc. Houve ainda a confirmação de 1.016 mortes por complicações de dengue. A taxa de incidência da doença está mais alta no Distrito Federal e em Goiás, onde ela superou a casa dos 2 mil casos por 100 mil habitantes. Em seguida, acima dos 1 mil casos, estão Paraná, Tocantins, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. 

No caso da febre chikungunya, também originada do aedes, foram 174.517 casos de janeiro a dezembro, sendo 78,9% a mais que em 2021, e ainda 94 mortes confirmadas. Neste caso, as maiores incidências da doença estão no Nordeste, com liderança do Ceará (570,5 casos por 100 mil habitantes) e seguida por Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí e Paraíba. 

O Nordeste também concentra boa parte dos casos de zika virus, que somaram 9.204 em 2022 (até novembro), com uma morte confirmada em Goiás. O aumento em relação ao total de casos do ano passado foi de 42%. A maior incidência está no Rio Grande do Norte (105,5 casos por 100 mil habitantes), seguida por Alagoas, Paraíba e Tocantins. 

Asscom | Grupo Tiradentes 

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