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Censo 2022 entra em fase final e divulga seus primeiros resultados

IBGE estima a população brasileira em mais de 207,7 milhões de habitantes; recusa de parte das pessoas em responder ao Censo afeta a conclusão dos trabalhos

às 15h10
Recenseadores do IBGE continuam em busca dos brasileiros que ainda não responderam ao Censo 2022: dados definitivos serão divulgados por etapas, até 2025 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Recenseadores do IBGE continuam em busca dos brasileiros que ainda não responderam ao Censo 2022: dados definitivos serão divulgados por etapas, até 2025 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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O Censo Demográfico 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entrou desde o mês passado em fase de revisão, mas já começou a apresentar os seus primeiros resultados, com base na coleta de dados realizada até o dia 25 de dezembro. A prévia da população, divulgada na mesma semana, apontou que o Brasil tem exatos 207.750.291 habitantes, distribuídos em mais de 75 milhões de domicílios. 

O número ainda é apenas uma estimativa, pois, de acordo com o IBGE, 182.363.119 brasileiros foram recenseados até o último dia 18 de janeiro – equivalente a 87,8% da população do Brasil. No entanto, esses resultados preliminares, com a estimativa de habitantes de cada um dos 5.570 municípios brasileiros já foram repassados para o Tribunal de Contas da União (TCU), o qual, por força de lei, utiliza os dados do Censo para calcular e distribuir os recursos federais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), com base na população de cada cidade. 

Para além da distribuição demográfica, o Censo também fornece informações importantes sobre como vive a população brasileira, principalmente em quesitos como renda, moradia, escolaridade e acesso a serviços como saúde e saneamento básico. Esses dados são apurados a partir de dois questionários: o básico, com 26 questões e centrado nos moradores de cada domicílio, e o da Amostra, que tem 77 questões, é aplicado em cerca de 11% dos domicílios e se aprofunda em temas como raça, gênero, família, religião, educação, trabalho, mortalidade e autismo.

“O Censo Demográfico produz informações atualizadas e precisas, que são fundamentais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos, tanto do governo quanto da iniciativa privada. Além disso, uma sociedade que conhece a si mesma pode executar, com eficácia, ações imediatas e planejar com segurança o seu futuro”, explica o IBGE. 

A previsão do IBGE é de que os dados definitivos do Censo 2022, com os resultados dos dois questionários, sejam divulgados por etapas, entre 2023 e 2025. 

Pode não responder?

Um dos desafios desta fase final do Censo está na recusa de parte da população em receber os recenseadores ou responder às perguntas do questionário básico. Até a primeira semana de janeiro, 86% dos brasileiros responderam ao Censo, perfazendo uma média de recusa de 2,83% em todo o país – em alguns estados como São Paulo, a recusa chega a até 5,42% da população. Por outro lado, o trabalho de coleta ainda não foi concluído em 14,5% dos 452.246 setores censitários do Brasil

O IBGE está realizando uma busca ativa de dados e abriu um serviço telefônico, o Disque-Censo, para receber informações e agendar visitas de recenseadores a domicílios de pessoas que não responderam ao Censo. O contato pode ser feito gratuitamente, através do telefone 137, diariamente das 8h às 21h30. 

A legislação prevê sanções para quem se recusa a responder ou presta informações falsas ao Censo do IBGE: uma multa de até 10 salários mínimos (equivalente a R$ 13,2 mil), conforme previsto na Lei nº 5.534/1968. Ela também determina que as informações prestadas no Censo devem ser sigilosas e “usadas exclusivamente para fins estatísticos”. 

Asscom | Grupo Tiradentes

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