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Atividade física: como driblar a exigência por resultados imediatos?

Seis entre dez pessoas que iniciam uma atividade física desistem por não visualizarem resultados físicos nos primeiros meses.

às 12h48
Imagem: Freepik
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Muitas pessoas planejam sair do sedentarismo e ter uma vida mais ativa em 2023. No entanto, o que vem sendo o calcanhar de Aquiles para quem busca iniciar ou manter uma atividade física é a falta de tempo, motivação, exigência por resultados imediatos e até mesmo a desculpa da falta de uma academia por perto. Mas uma maneira eficaz para começar o ano pode ser a prática de um exercício simples, como uma caminhada.

O professor do curso de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Josué Cruz, dá dicas de como driblar a falta de tempo e incluir treinos no dia a dia. “Não leve o exercício físico como algo que seja somente para a estética. Pensando assim, é entrar em um campo de desistência a longo prazo. Pense no exercício como algo que vai lhe dar longevidade em relação à sua saúde”, diz.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 43,3% da população com mais de 18 anos foi classificada como insuficientemente ativa, ou seja, não pratica o mínimo de 150 minutos (1h30) de atividade física por semana, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Esse dado é alarmante. Imagine dividir uma horinha e meia em três dias de 30 minutos. Não é o ideal, mas é o mínimo para sair do sedentarismo”, pontua o professor.

“É preciso começar uma atividade física da maneira mais prazerosa possível. Pode ser uma caminhada à beira da praia, em um bosque ou uma avenida. Comece de uma forma simples. Assim, vai criando gosto pela situação e depois adiciona uma outra atividade, um trote, e aumentando a intensidade. Quando menos perceber, já está fazendo mais do que os 150 minutos recomendados como o mínimo”, sugere o professor que o mesmo vale para os exercícios anaeróbicos, que é a musculação.

Para ele, a visualização do resultado também é importante, mas para isso é preciso ter constância. “A média de quem desistência de quem entra na academia é de três meses. Depois disso, a média é de 60%. Ou seja, de 10 pessoas que iniciam uma atividade física, seis delas desistem justamente pela não visualização de resultados. É nesse ponto que comete-se o erro de não continuar”, lamenta.

“O corpo começa a mudar de dentro para fora. Quando inicia-se uma atividade física, seja ela qual for, ela vai melhor a saúde de dentro para fora, só que não enxerga no espelho que o colesterol reduziu, que o nível de glicose reduziu ou que a gordura visceral reduziu. Todas essas características não são visíveis. Enxerga-se a roupa mais folgada. Depois de três ou cinco meses, o corpo começa a responder para fora, mostrando características de emagrecimento, perda de gordura localizada, desenvolver massa muscular. A estética é uma consequência”, reforça o professor.

 

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