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Emancipação Política de Sergipe é tema de seminário

Na programação do seminário realizado pela Alese, personalidades sergipanas, como o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes, professor doutor Saumíneo Nascimento.

às 19h08
Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese
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No próximo dia 08, Sergipe completa 203 anos de emancipação política. Para entender melhor sobre este marco, a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), por intermédio da Escola do Legislativo (Elese), realizou o ‘Seminário sobre a Emancipação Política de Sergipe: Significados do 08 de julho’. Questões políticas, socioeconômicas e culturais da independência foram debatidas na manhã desta quarta-feira, 05.

O vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes, professor doutor Saumíneo Nascimento, fez parte da programação. Na ocasião, ele explicou que a emancipação política não ocorreu instantaneamente, mas sim demorou para se concretizar. Porém, atualmente, a diferença é vista de forma mais clara do que se deu à época.

“Há uma grande diferença de Sergipe antes e pós 1820 e atual, o vínculo de dependência que tínhamos da Bahia do ponto de vista econômico era significativo, impedia que novas atividades fossem desenvolvidas. Nossa economia era muito incipiente na época e ela foi se desenvolvendo aos poucos, se desvinculando dessa dependência da Bahia e ampliando, chegando aos dias atuais a uma economia robusta e em franco-desenvolvimento”, detalhou Saumíneo.

Para ele, a principal responsável pela emancipação foi a força econômica que o estado já apresentava naquela época, mesmo com dificuldade para o desenvolvimento local imposto pela ligação com a Bahia.

“Os empresários locais da época, os donos de engenhos e os agricultores tradicionais da pecuária eram muito importantes. O fato de Sergipe não ter aderido à revolução pernambucana de 1817, que queria a independência do Brasil já naquela época, fez com que o então rei outorgasse para Sergipe a sua independência, então veio o decreto como reconhecimento por Sergipe não ter aderido a esse movimento, mas era uma estratégia de perspectiva de estarmos desvinculados porque tudo que produzíamos tinha que mandar para a Bahia, se precisasse exportar, tinha que depender dos escritórios da Bahia e isso dificultava o desenvolvimento da nossa indústria, comércio e agricultura, então os empresários foram fundamentais para este processo”, completou Saumíneo Nascimento.

O subsecretário-geral da Mesa Diretora da Alese, e presidente do Conselho Estadual de Cultura, Igor Albuquerque, destacou que é preciso valorizar esta data como fonte de apreço pela história do Estado, sobretudo desde o decreto assinado pelo então príncipe regente, Dom João VI.

“Dentro do nosso processo de emancipação política, vários atores foram extremamente relevantes e nós pretendemos, inclusive, que se retome a discussão e se valorize a imagem e a memória de Dom João VI, porque foi ele o autor do documento jurídico que assinou essa, digamos, certidão de nascimento de Sergipe como uma unidade separada da Bahia, então nós precisamos rememorar essa história. Mas mais do que isso, a partir dessa história é que Sergipe começa a se desenvolver e ter a identidade sergipana, o sentimento de pertencimento, que hoje nós chamamos, no dizer de Luiz Antônio Barreto: sergipanidade. Essa data deve ser extremamente valorizada, disseminada e todos os sergipanos deveriam conhecer o valor e a importância do 8 de julho”, explicou.

A diretora da Escola do Legislativo, Telma Pimentel, disse que não há como deixar de celebrar esta data. Na concepção da gestora, a Alese, por intermédio direto da Elese, precisa participar desta celebração.

“Nós convidamos três especialistas para abordar sobre o significado desta data, no aspecto político, socioeconômico e cultural. Não tinha como deixar uma data dessa sem um marco porque foi um marco para Sergipe, e tem que ser um marco para a nossa Escola”, afirmou.

Além do vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes, professor doutor Saumíneo Nascimento, o seminário também contou com os conferencistas renomados: a professora doutora Terezinha Alves de Oliva e o professor doutor Samuel Barros de Medeiros Albuquerque.

O Coral da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (CORALES) cantou o Hino de Sergipe, abrilhantando o momento que ainda contou com a participação do deputado Luciano Pimentel (PP).

Com informações da Agência de Notícias Alese

Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese

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